terça-feira, 16 de julho de 2013

Uma menina descobrindo o sertão através das canções de Gonzaga e de Zé Vicente.

Jussara em primeiro plano entrevista Irene Smith - diretora-presidente da Ação Cultural na jornada ecológica 2012.



 Jussara é uma menina de 16 anos e componente da primeira turma de audiovisual do Ponto de Cultura, Juventude e Cidadania em 2012. Hoje, 16 de julho de 2013,  ele recebeu emprestado  o DVD do filme “Gonzagão de Pai pra Filho”. A recepção foi bastante esfuziante.

Conforme depoimento dela e da  mãe, a menina ficou apaixonada por Luiz Gonzaga e por suas canções,  a ponto de assistir a mini-série que passou na Tv Globo no inicio de 2013,  com interesse redobrado, fora a emoção que toma conta  quando ouve as música de Gonzaga, em especial quando assistiu a gravação do último especial apresentado pela Globo,  poucos meses antes  do velho Lua falecer.

Esta garota viveu intensamente a programação da Caravana Luiz Gonzaga  Vai a Escola em 2012, e foi uma das integrantes do Ponto de Cultura que recebeu incentivo para assistir a exibição do filme sobre Gonzagão no cinema.

Ao buscar saber das razões que a levou  gostar tanto de Gonzaga e de suas músicas, ela me diz que gosta porque ele fala do sertão e sobre o modo de viver das pessoas simples. Ao descobrir que ela nunca teve contato com a realidade do sertanejo, confirmo as palavras de Guimarães Rosa que fala sobre o sertão que habita dentro dela,  herança da mãe,  que nos contou histórias do tempo em que menina,  vivia as agruras e alegrias de quem morava no interior.

 E para reforçar  esta  afirmação,  trago um trecho do Almanaque Brasil,  sobre o escritor   que eternizou o sertão em forma de literatura, semelhante ao que fez Luiz Gonzaga por meio da  da canção. O sertão é do tamanho do mundo. Para o escritor João Guimarães Rosa, sim, no sertão estão as agonias e as alegrias humanas. Espaço cativo de metáforas, mitos, personagens, causos. Alegoria? Talvez. Veracidade? Dentro de sua obra, definitivamente.” 

E o papo segue, além de gostar das músicas de Gonzaga, a qual ficaram coladas em sua mente e em seu coração, a partir de 2012,  gosta também de reggae porque as suas músicas falam da realidade.

Em outro momento, ela me convida para participar de um evento festivo em uma igreja batista na qual ela é integrante  desde o nascimento.

Jussara me conta que sabe  que não terei problemas em aceitar  porque não tenho preconceito, igualzinho  a ela,  que já tinha me revelado a satisfação de ter participado de um evento em uma igreja católica, um negócio “diferente”, “interessante”, “uma mistura de religião,  arte, festa e ecologia”.

Ela nunca tinha entrado em uma igreja católica e pensava que nesta,  só acontecem  missas, batizados, casamentos e assemelhados. Jussara participou da jornada ecológica 2012, no anexo da Igreja São Pio X,  realizando um exercício de cobertura de imagens proposto aos aprendizes da oficina de audiovisual,  na qual tomou parte,  como  citado.

Ela  lembrou de Zé Vicente um artista, místico, arte-educador e ecologista que esteve na jornada ecológica e pelo qual nutro a mesma afeição que tenho  por Gonzaga e por  Guimarães Rosa (1)  Em todos os três,  a certeza de que sintonizados com a sua arte, estamos nos conectando com aquilo que o sertão tem de melhor e de pior. 

Na oportunidade, falei para Jussara que Zé Vicente estará  novamente em Aracaju no periodo de 20 a 22 de setembro, participando de um evento de formação restrito e de uma apresentação artistica aberta, no final da tarde do dia 21/09,   no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Aracaju, nesta  oportunidade  buscaremos garantir as condições para que ela e colegas interessados,  possam novamente  assistir  a apresentação de um importante menestrel da esperança e do compromisso com a criação.

Em um momento da conversa, ao dizer o que penso sobre as pessoas que estão no mundo estreito das religiões, partidos, nações, preferência estéticas musicais e etc., mas que mesmo ficando, não querem deixar de  ir além, como Jesus Cristo(2), lembrei-me de uma das minhas canções preferidas do Zé Vicente.

"Eu Sou Bem Mais

Zé Vicente

Meus olhos se lançam no imenso azul
Minha alma desliza nas asas da luz
Meus pés dançam e dançam na dança da terra
Meus lábios se poem a cantar cançoes do amor.

Eu sou a luz, eu sou o som
Eu sou o tom da cançao querida
Eu sou a luz, eu sou o som
Eu sou o tom da cançao da vida.

Meus dedos digitam e tocam na música
Navego e componho na pauta do mar
Respiro e me inspiro na brisa entre as flores
Recrio nas cores, a pura emoçao de  amar.

Eu sou o mar, sou o luar
Sou movimento, sou água viva
Eu sou o mar, sou o luar
Sou movimento, planeta vida!

Meu corpo criado num cósmico plano
Sou eu, sou voce, eu sou nós, sou humano
Sou voz, sou palavra, sou larva e sou sonho
Memória da história, da luta, vitória eu sou!"
 P.S: (1) - Outro artista que nos conecta muito bem as coisas e  causos do sertão é Elomar, também de formação batista, este não “baixou” na conversa acima, mas com certeza é um outro que “chega” quando quisermos ou pudermos descer  as profundezas do sertão real e imaginado.

(2) - Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo. João 17/13-16

Zezito de Oliveira - Educador e Produtor Cultural

 Chambinho e Julio Andrade - Pense N'eu (Luis Gonzaga, versão acústica)






 Baixe e Ouça um dos primeiros LPs gravado por Zé Vicente em parceria com Babi Fonteles

 

Para quem também gosta de reggae. Soja - True Love







Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal.
Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.

João 17:13-16
Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal.
Eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.

João 17:13-16

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