domingo, 15 de abril de 2018

Depois do Fórum Social Mundial 2018 em Salvador-BA.

O QUE APRENDI PARTICIPANDO DO PROCESSO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (FSM)


Das lições que a vida está nos ensinando. Em tempo que urge e que ruge. Ou porque predominou o predador, colaborando para responder a pergunta que o genial rapper GOG propõe no final dessa canção.

Após a plenária ampliada pré Fórum Social Mundial na UFS, em 01 de Março de 2018, conversando com Lupércio Damasceno.

“Uma das chaves para entender e realizar o enfrentamento contra o golpe que quer nos retirar conquistas e reduzir direitos sociais, liberdades democráticas,além do saque ao patrimônio público e natural, é a dimensão cultural, juntamente com a dimensão econômica e geopolítica. Se buscarmos explicações apenas nas duas últimas, não fecharemos a “equação” .”

Quase no final da sessão que lembrou o assassinato do pastor batista Marthin Luther King, realizada na Assembléia Legislativa de Sergipe, em 04 de abril de 2018.

“O grande problema no Brasil, de ações de resistência e lutas contra o sistema de opressão e desigualdade capitalista são as descontinuidades.” (fala da professora e deputada Ana Lúcia, aqui com minhas palavras).

Após a Plenária da Cultura Sergipe pós FSM, realizada no dia 14 de abril de 2018, em conversa com Tânia Maria, Irene Smith e dois jovens, uma ligada às atividades da Ação Cultural e outro às atividades da Tampa produções artísticas.

“Outro grande problema muitas vezes das ações de resistência e lutas contra o sistema de opressão e desigualdade capitalista é a “guetificação” e o corporativismo, o que quer dizer, o encerramento de ativistas ou militantes sociais em “bolhas” de concepções e práticas de lutas, resistências, demandas e interesses.”

Após a participação no processo pré e durante o FSM 2018 , realizado de dezembro a março de 2018 em Sergipe e na Bahia.

“Em termos de forças progressistas e de esquerda, somos muitos, diversos e plural, mas precisamos de tempo, abertura e compreensão para alinhar concepções de metodologias e/ou sobre os meios de resistência e lutas, respeitando a diversidade e a pluralidade. Portanto, a questão não é apenas buscar a unidade na forma de bandeiras de luta, o que é necessário, porém insuficiente. 
A (s) questão (ões) do (s) método (s) também precisam ser consideradas. Da mesma maneira, como dizemos no primeiro parágrafo, sem isso não tem como a fechar a “conta“.”


https://www.youtube.com/watch?v=6v0oXz499xg
Zezito de Oliveira – educador e agente/produtor cultural

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 MEMÓRIA DO PROCESSO FSM EM SERGIPE.  A PARTIR DAS NOSSAS ANOTAÇÕES E DAS REALIZAÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO DE CULTURA. 

A marcação em negrito foi lida e comentada na reunião da devolutiva da participação de Zezito de Oliveira e Jéssica Santos no FSM em Salvador-BA.

Relatório da 1ª reunião do Grupo de Trabalho Cultura Sergipe rumo ao FSM 2018.
A reunião foi realizada no dia 15 de dezembro de 2017, em uma sala do Centro Cultural de Aracaju e contou com a presença de quatro pessoas. Outras quatro   justificaram ausência. Foram elas: Maristela, Elisangela,  Luciano Accioli e Marcos Santos. Os presentes foram: Zezito de Oliveira, Maíra Ramos, Felipe Freire e Ancelmo Amaral.
Inicialmente uma discussão sobre o Festival de Arte de São Cristóvão (FASC) foi realizada, enquanto aguardava-se a chegada de mais pessoas,  tendo em vista alguns comentários iniciais provocação por  Felipe Freire, o qual lembrou  criticas realizadas por um grupo de realizadores ligados ao audiovisual, assim como a ausência de representantes da comissão pró retomada do FASC, no fórum de abertura do festival.  A discussão teve como centro , a questão dos entraves e limites para uma maior  participação   popular no processo de formulação e realização do FASC.
Dos quatro presentes a reunião, apenas Zezito de Oliveira  participou de um FSM, no caso o FSM 2009 em Belém, além do Fórum Social Nordestino (FSN2009), etapa preparatória do FSM realizado em Belém. Fez parte do coletivo geral que organizou caravana  até a Universidade Federal de Pernambuco, na cidade do Recife, local onde realizou-se o FSN2009.
Também foi lembrado o significado histórico da reunião de hoje , por tratar-se da primeira vez que agentes culturais em Sergipe se reúnem para participar coletivamente do FSM, tendo a questão cultural como um eixo de interesse e aproximação.
Diante disso,  algumas informações referentes  a essa experiência  de participação foram compartilhadas.
Em seguida,  buscamos seguir como roteiro de discussão,  a sequência proposta na 1ª plenária do coletivo sergipano organizador da caravana rumo ao FSM 2018.
1 – Qual o FSM que queremos?
Queremos mais informação sobre o FSM para saber o que levar, como melhor participar e etc.
Queremos interagir com outros estados para saber como estão se organizando.
Queremos encontrar bons espaços para  reflexão e aprofundamento  sobre temas atuais.
A esse propósito foi citado que a conjuntura desfavorável para a maioria da população, acaba sendo um reforço para a realização do FSM2018, considerando a necessidade de melhor nos prepararmos  para superarmos este momento difícil. Neste sentido foram citados os seguintes aspectos: Retomada da “guerra fria;  Recrudescimento de guerras regionais, como o caso de israelenses e palestinos; reforma trabalhista e previdenciária; questão ambiental e questões identitárias.
Queremos um FSM que considere o respeito a autonomia e a diversidade das organizações e movimentos da sociedade civil, os quais devem prosseguir fazendo alianças e ações conjuntas e com liberdade para definir rumos e formatos de intervenção na sociedade. Defendemos a continuidade do Fórum Social Mundial como um espaço de poder horizontal e descentralizado.
2 – Como construir convergências necessárias para o sucesso do FSM.
Discutindo os eixos considerando as múltiplas dimensões, a diversidade de interesses , olhares, motivações. Por exemplo: Nas  discussões relativas ao eixo  Terra e Territórios, considerar a questão da terra levando em conta  aspectos  econômicos, culturais  ambientais  e etc..
No caso do eixo  Feminismo e Luta das Mulheres, considerar a  questão do feminicidio levando em conta aspectos culturais, econômicos, sociais, jurídicos, racial/étnico e etc..
3 – Qual o papel dos eixos norteadores na construção do FSM.
Os eixos contemplam muito bem a realidade em termos das demandas e anseios da sociedade. Está de acordo com as nossas expectativas e expressam o que estamos vivenciando. Uma pauta que organiza.
SUGESTÃO
Considerando o acirramento dos ataques do agronegócio, garimpeiros e  madeireiros contra as populações indígenas, ampliar o lema “Vidas negra importam” para “VIDAS NEGRAS E INDIGENAS IMPORTAM”.
Perguntas: 
1 - Aonde iremos procurar apoios para o financiamento dos ônibus da caravana rumo ao FSM 2018?
2- Quais os critérios que serão utilizados para definir quem irá nos ônibus?
3 – Como inscrevermos atividades para participar do FSM?

Apontamentos da reunião geral do coletivo organizador do Fórum Social Mundial em Sergipe.
10 de janeiro de 2018

Retornando  a pouco,  da reunião geral do coletivo organizador da Caravana FSM Sergipe rumo a Salvador ,  escrevo as linhas abaixo, porque amanhã é outro dia e outras necessidade serão  interpostas no caminho, inclusive organização/articulação do Grupo de Trabalho (GT) Cultura do Fórum Social Mundial em Sergipe.
Não trata-se de um relatório da reunião, mas do registro e comentários pessoal acerca de algumas questões.
Não está havendo a participação esperada das centras sindicais no coletivo organizador.  Razões para isso não faltam, a conjuntura atual é uma das piores para a classe trabalhadora no Brasil. Além das lutas especificas,  ainda tem a luta contra a reforma da previdência, o baque nas finanças por conta da retirada do imposto sindical e o caso da condenação fraudulenta de Lula.
Por outro lado, aproximar movimento sindical de lideranças de coletivos e organizações sociais pode fortalecer bastante as lutas  gerais, nas  quais  as centrais estão envolvidas.  
Isso é uma preocupação demonstrada pelo Sintese (Sindicato dos Professores da Rede Pública Estadual e Municipal de Sergipe), o qual além de liberar o espaço da sua sede para as reuniões, ainda participa com uma quantidade significativa de professoras.
Os coordenadores da reunião,  repassaram a preocupação do comitê internacional de organização do FSM, no sentido de  que os coletivos organizadores do FSM nos estados,  mobilizem mais pessoas que estão nas margens da sociedade, os que podem ser considerados como excluídos, os desorganizados ou pouco organizados. Exemplo: Quilombolas, índios, população de rua, moradores da periferia. 
Me identifiquei  com a preocupação, porém,  o que fazer para tornar isso possível? Não houve tempo para uma reflexão mais demorada sobre a questão.
Os problemas de comunicação com os coordenadores dos GT de Salvador, não é um problema tão somente de nosso GT de Cultura. A coordenação local irá ver como desobstruir os canais
Conseguir recursos para bancar transporte, hospedagem e alimentação não está fácil, a crise econômica atinge a todos nós, seja enquanto pessoas físicas, seja como pessoas jurídicas, incluindo ONGs , Sindicatos e Igreja Católica.
O fator positivo é que estamos mais perto de Salvador. O que sugeri, façamos todos os esforções possíveis para ir até o FSM. Unindo  nossos esforços pessoais e dos  pequenos coletivos e organizações do qual participamos, juntando com o que for captado dos parceiros e apoiadores. Aí é só alegria, como diz os baianos.
As inscrições para a participação no FSM já estão abertas e podem ser realizadas através do site do FSM2018. Pode-se inscrever como pessoa física e como pessoa jurídica. Portanto é hora de fazer isso.
Isso também pode ser feito para o caso de inscrição de atividades. De Sergipe,  foi informado na reunião que tem  duas atividades inscritas. Foi solicitado que quem for inscrever atividades , que faça isso considerando uma boa articulação com pessoas de Sergipe e de outros locais, para garantir uma maior presença público na atividade.
Atividades podem ser seminários, oficinas,  rodas de conversa e etc. No caso de programação cultural,  isso obviamente é ampliado para apresentações artísticas, performances, exposição, mostras e etc...
No caso do GT Cultura,  informei que estaremos levantando atividades  de interesse  dos integrantes do grupo  para encaminharmos  propostas.
Como a Ação Cultural, organização do qual participo tem a chancela e participa da Rede Nacional de Pontos de Cultura, informei que uma das razões de estar buscando contato com a rede nacional e com os Pontos de Cultura da Bahia,  é também inscrever atividades em conjunto ou que possa contar com o apoio dos nossos pares.
  
Relatório de ações do GT Cultura do coletivo organizador do FSM Sergipe.
14/1/2018 

Na última reunião realizada em dezembro, informamos sobre a reunião do GT marcada para 07 de janeiro, porém esta foi cancelada, no entanto não deixamos de buscar contatos para ampliar a participação no GT Cultura, como para obter informações referentes a organização das atividades de cultura no FSM em Salvador.
Em termos de Sergipe, mantivemos contato diretamente com cinco  artistas. Iza Negractha (rapper e escritora sergipana ligada a frente de mulheres do Hip-Hop), Francisco da Barra (artesão e ligado a banda de reggae Reação), Tania Maria (atriz, cantora e professora de teatro, em cartaz com um musical sobre Billy Holliday) , Lupércio Damasceno (professor, cantor  e compositor com um CD de música regional nordestino gravado recentemente,  e integrante do coletivo de cultura do MST).
 Fora de Sergipe, mantivemos contato com Ametista, coordenadora do GT Cultura FSM Salvador e Danilo Moura, integrante da comissão nacional dos pontos de cultura (cnpdc). Este último respondeu positivamente ao nosso primeiro relatório da reunião presencial do GT Cultura, o qual  disponibilizamos no grupo de email da cnpdc.
Da parte de Ametista , a despeito de sempre enviarmos  informes sobre o que estamos fazendo,  não estou conseguindo me comunicar com ela. Pode ter perdido o celular, pois no whatzzap aparece as mensagens como lidas. Também tentamos entrar em contato com outros integrantes do GT Cultura Bahia, mais especificamente ligados a Pontos de Cultura, mas não obtivemos sucesso até agora.
Da parte de Danilo Moura tem sido mais tranquilo, inclusive confirmou uma reunião com os integrantes de nosso GT Cultura no período compreendido entre  14 e 20 de janeiro,   quando também estará em Sergipe para tratar de assuntos referentes a questões dos remanescentes de quilombos,  residentes ao sul de Sergipe e no norte da Bahia.
Na conversa com Tania Maria, ficamos de marcar um dia para uma plenária ampliada da cultura rumo ao FSM, na sede do espaço cultura Tampa, localizado no bairro américa, com capacidade para reunir 30 pessoas.
Neste sentido,  precisamos discutir um dia e um horário no seio do GT de Cultura, a sugestão que fazemos é no último domingo de janeiro, 27 ,  das 14 às 18 horas.
Lembrete importante: Do grupo de 7 ou 8 pessoas que se prontificaram  no grupo do whatzzap geral do FSM Sergipe em participar do GT Cultura, três justificaram ausência na primeira reunião e uma destas pessoas, Maristela, não poderá prosseguir participando. 
A expectativa que temos é nas próximas reuniões e plenária,  poder  contar com a participação de mais pessoas, além das quatro  que participaram da primeira reunião presencial.
O que trago como preocupação. A  percepção acerca da fragmentação e desarticulação de quem está ligado ao mundo da arte e cultura em Aracaju e Sergipe.
Uma estratégia que entendo ser necessária para diminuir o impacto dessa fraqueza,  realizarmos quando  for possível, conversas com grupos de artistas e fazedores de cultura, buscando ser direto quanto a questão  dos objetivos e dos resultados que poderemos obter participando do FSM, conforme sugeriu um amigo ligado a cultura da periferia.
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 Culturas de Resistência frente a nova ofensiva neoliberal e o ressurgimento de ideias e práticas fascistas” – Prof. Romero Venâncio (UFS)
Dia e horário: 28 de Janeiro (domingo) as 14h. no Espaço Cultural TAMPA – Bairro América.
ESQUEMA de FALA:
A partir de três palavras-chave e três questões:
*Resistência; Transcendência e Organicidade...
I.O que é resistente na cultura atual e nesse contexto enquanto expressões concretas?
II. O que transcende nessa cultura atual e que não nos afora no eterno presente da “indústria cultural”?
III. Qual a organicidade dessa cultura com setores populares?
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
COMBLIN. José. O Neoliberalismo: a ideologia dominante na virada do século. Petrópolis: Vozes, 2000.
JAMESON, Friedric. A virada cultural. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2006.
JAMESON, Friedric. Brecht e a Questão do Método. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
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30/1/2018 
Informe de uma companheira de Salvador ligada a rede dos ponto de cultura.

Estive em discussão com alguns membros do Comitê Facilitador do FSM, sobre questões relacionadas à programação artísticas. Adianto que as relações com o GT de Cultura e a sociedade civil pelo menos de Salvador foram conflitantes. Depois de muito tempo questionando sobre isso, e salientando que o site não passa as informações que mais precisamos, fiz um diálogo onde ficou esclarecido:
1. Todas as atividades do Fórum são autogestionárias, elas devem ser escritas no site.
2. Os grupos culturais que quiserem também participar o procedimento é o mesmo.
3. Ao questionar a questão de logística eles responderam apenas que convidados é convidados, ou seja traduzir de que os que forem convidados terão essa logistica. (A confirmar se procede)
4. Ao questionar sobre como é que as atrações artísticas culturais  vão abrilhantar o fórum se ainda terão que além de suas despesas pagar taxa de inscrição? A resposta também foi a mesma  acima.
5. Quando comentamos que não tivemos abertura para propor nomes e atividades, grupos culturais e artistas  disseram que ja haviam me dito para procurar uma certa pessoa.  Mas sabendo eu que já procuramos e a pessoa não compareceu ao compromisso, adiou a conversa e não responde uma mensagem se quer do seu whatzap.
6. As relações com o GT de cultura foi só de conflitos, porque eles não abriram as sugestões de programação,  nem acataram nossas sugestões enquanto rede de pontos de cultura.
7. Depois de tudo isso, ao afirmarem que nós temos o direito de sugerir (porque falei da nossa dificuldade em ter acesso para sugerir grupos a serem convidados) e que enviasse uma lista para o Comitê Facilitador.  Aceitei o desafio e vou enviar essa lista. Só que no final informei que não são sugestões nossas pessoais e sim retorno do nosso trabalho de divulgação nas nossas redes e plataformas. Com isso estarei publicitando um retorno do nosso trabalho de ajudar na divulgação do Fórum.

Sobre a plenária de mobilização do FSM  (01/02). No auditório do NAT (Secretaria de Inclusão e Desenvolvimento Social). – 02/02

Até aqui estou gostando de participar desse processo de organização para a participação no FSM, porque está possibilitando o encontro ou reencontro de novas e antigas lideranças das organizações e movimentos sociais. Assim como estou gostando pela diversidade de trabalhos comunitários e/coletivos,   lugares de fala, eixos de atuação, visão de mundo e etc..
Sobre a localização dessa plenária, a principio não fui muito favorável, pelo fato de ser voltado para o centro e para o espaço de poder governamental, embora compreenda a  justificativa estratégica que está por atrás da escolha desse local, e por isso  para não ficarmos  muito  distante do centro e dos poderes constituídos, preferiria a OAB. Mas como  foi uma decisão coletiva da maioria, fiz a divulgação na plenária de cultura e no grupo do whatzapp e também participei.
A divulgação nas redes sociais também foi pequena, embora por experiência própria isso seja um fator que muitas vezes , serve mais para fortalecer o reconhecimento do público do evento, do que para mobilizar pessoas.  Porque na verdade, o que mobiliza mais pessoas são as redes de contatos pessoais.  As redes sociais reforçam, transcende o território próximo ou imediato, mas não substitui o contato humano.
O tempo de fala da mesa foi longo, o ideal é ficar entre 10 e 15 minutos, para dar mais tempo para o debate. As falas da plenária precisam ajudar, reconheço que tive uma fala no debate, que foi além de um tempo razoável.
Em relação a apresentação cultural,  o ideal é ficar somente no inicio mesmo. Quando acontece também no final, pega um auditório esvaziado e as pessoas cansadas.  Portanto, foi legal termos ficado com apenas uma apresentação inicial, por sinal uma ciranda muito bem conduzida por Milton Leite e bem acolhida pelos presentes.
No decorrer dos debates ficou evidente um tema pós fórum, que podemos e devemos discutir, que é a questão da participação efetiva dos jovens nos centros de poder e de decisão das organizações e movimentos sociais. Um tema para ser abordado/discutido por jovens e adultos que tenha experiência no trabalho com junto. “Ser jovem em nosso convívio”, pode ser um bom nome para um seminário de dois dias, que pode inclusive contar com o apoio financeiro da Cáritas arquidiocesana e nacional, assim como da CESE e outros parceiros de Sergipe e de fora. Contem comigo como participe da equipe de elaboração do projeto.
Após a plenária geral, tivemos uma reunião do GT de Cultura. Dois temas para aprofundamento, urgente e necessário, surgiram da nossa “angústia” ou “preocupação”, mas endossado  pelos demais presentes.
O primeiro tratou da cultura em seus aspectos para além do caráter de espetáculo, de entretenimento, agitação e propaganda, assim como para  animar assembleias, passeatas e etc.
Neste sentido,  foi solicitado uma especial atenção ao caráter politico, econômico, histórico e cidadão da cultura. Sem deixar o aspecto simbólico, identitário e  senso de pertencimento, os quais são o fundamento da arte e da cultura.
E também associado ao tema da cultura, porém mais alargado e com repercussões “complicadas” com relação as politicas progressistas e de esquerda, assim como o respeito a diversidade cultural, temos a necessidade de aprofundarmos a questão dos estudos sobre os evangélicos pentecostais e como podemos nos relacionar melhor com os mesmos e vice e versa.

Mais lembranças  do que disse na reunião da plenária de mobilização e no GT de Cultura, no dia 01 de fevereiro do corrente.
3/2/2018

1)            Não será possível ficarmos todos juntos como nos congressos, seminários e oficinas produzidas por nossos coletivos, organizações e movimentos sociais. Porque são muitas atividades que acontecem no fórum e em um território espalhado por vários locais. Por isso, o meio de contato que será mais utilizado entre nós será o telefone ou o zap. Recomendamos a quem for que faça uma espécie de diário de bordo com anotações, fotos e vídeos, para compartilhar. Sendo que alguns podem ser compartilhados em tempo real.
2)            Em termos de quantidade de pessoas que for na “delegação”, é necessário separar quem vai nos ônibus cedidos ou quem vai de carro  e ônibus de linha.  Também é necessário saber quem vai efetivamente ficar hospedado na escola.  Digo isso porque se reservarmos lugares para 200 pessoas e ficar hospedado somente 20  não ficará legal para Sergipe. Quanto a hospedagem na escola, é importante lembrar que é quase como se fosse um acampamento com dezenas de pessoas, e em alguns casos com condições de conforto, privacidade e segurança para a guarda de material, até menor que em um acampamento. Para quem é mais jovem é mais fácil encarar, como já fiz e muitos de vocês que nos leem já fizeram e fazem. Portanto é ponderar prós e contras e irmos a luta.
3)            A proposta da criação de um fundo de solidariedade para colaborar com pessoas que irão,  mas que não tem plenas condições para ir e se manter os 5 dias foi endossado pelo GT de Cultura, mas é necessário contar com adesão do coletivo geral de Sergipe rumo ao FSM. A minha proposta é que este apoio tenha um teto para cada pessoa, que pode ser de R$200.00. O que pode não ser suficiente, mas pode ser um incentivo para a que a pessoa possa mobilizar mais recursos através da iniciativa pessoal.

02 de março de 2018
bom dia! Compas, camaradas, irmaoes e parceiros. Gostei bastante do trabalho conjunto q desenvolvemos e que culminou com o dia de ontem. Sou imensamente grato a todos e a todas. Mesmo com quem nao consegui me entender muito bem. Com a idade, aprendemos a importancia tambem dessas pessoas.
: Essa experiencia do FSM,  me lanca cada vez para um caminho de retorno as fontes ancestrais, em dialogo com o conhecimento cientifico, o que nos distanciara de muitos, alguns mais, outros menos. Por isso, nao estranhem quando nao responder  a muitos convites. Nestes casos, nao se sintam incomodados em me deixar de fora. Sao escolhas mesmo.
O campo da cultura continuara sendo o meu foco, o menos possivel no campo do entretenimento e da propaganda.Assim como a educacao popular de base freiriana e a conunicacao alternativa
Em relacao a juventude estamos sempre aberto ao dialogo e ao trabalho de base. Porem sustentado em valores, principios e metodologia que detalharei, como uma especie de carta ou manifesto, se possivel com um coletivo, para q possamos nos relacionar em outras bases.
Pessoal, já participei de Fóruns, como inscrito, como colaborador. Uma certa confusão é "natural". O FSM não é como os eventos padrões. Tem um dinamismo próprio, são muitos eventos em um só, inclusive autônomos. Ou seja, nem tudo acontecerá exatamente como programado. E muito ocorrerá sem ser "oficial". Minha dica, usem a UFBA como referência. E se preparem para "bater pernas". Arranjem um mapa, acordem cêdo e relaxem se nem tudo for "perfeitinho". E façam amigos, ou no mínimo camaradas. Inclusive, estes novos amigos lhes darão também boas dicas. Outro Mundo é Possível. Sergio Luz

11/3/2018

Programação do Iteia/Produtoras Colaborativas na UFBA- Participamos de dois dos eventos relacionados abaixo.

1) Tecnologias livres para movimentos sociais: autonomia e privacidade em tempos de golpe
Amanhã (Quarta - 14/03) as 16:00 na Faculdade de Comunicação - SALA 10


2) Mesa sobre o Cultura VIVA  - Comissão Estadual dos Pontos de Cultura
Quinta - 15/03 das 9 as 11:30 no MAB (corredor da vitória)


3) Produtora Cultural Colaborativa: boas práticas em rede e tecnologias livres para o desenvolvimento local
Quinta - 15/03 das 14:00 as 16:00 na UFBA (Geociências - SALA
114A)

4) Roda de Gestão Social da Escola de ADM da UFBA
Quinta - 15/03 das 16 as 17hrs no Auditório da Escola de

Chegando do FSM-Bahia. Cansado, mas realizado e com um abraço carregado de axé. 

Como disse a companheira Tokinha Cruz,  da rede nacional dos pontos de cultura: “Sentindo saudades. Gratidão por ter a oportunidade de compartilhar e colaborar nessa construção. "Resistir é criar. Resistir é transformar"
Juntos somos fortes 💪🏾
A luta continua. Temos que nos fortalecer a partir do  micro para modificar o macro: Pontos, Comunidades, Municípios, Territórios, Estados e União.”
Sob certos aspectos o FSM  será  o que cada um levarmos e  deixarmos de melhor. Particularmente,  encontrei muita sintonia e passei ao largo do contrario. Mesmo com tudo que soube, antes e durante, com relação a problema de bastidores, como àquilo que também vivi em Aracaju no pré FSM.
Se você abre os seus braços, a gente faz um país, como está escrito na letra de uma canção da Marina Lina, porque um país também é formado por  um pouco ou por  um pedaço daquilo que pensamos/fazemos  no cotidiano, o que foi escrito pelo poeta Ferreira Gullar da seguinte maneira: “A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz.”
Por último, outra canção, os pássaros trazem, gravada por Milton Nascimento nos recorda. “Há muita gente que fará/faz  deste lugar um bom país, e seu destino é um dia se encontrar.”
O que precisa acontecer mais, sob pena de continuarmos a sermos derrotados,  inclusive em nossa aldeia. Encontremo-nos  mais  para conversarmos, planejarmos,  realizarmos  e celebrarmos.  Preferencialmente “perto do fogo, como faziam os índios.” Como diz Rita Lee em uma canção.
Evidentemente, respeitando as singularidades, identidades, percursos e  sentido/perspectivas de cada um ou cada uma, enquanto sujeitos individuais, ou sujeitos coletivos.
Gracias a la Vida!

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DOS ESPINHOS .


"Sob muito aspectos o Fórum Social Mundial (FSM), pode ser uma experiência de pouco sucesso, sob outros é o contrário.
Se não fosse descentralizado e autogestionário, para mim, o primeiro aspecto prevaleceria. Mesmo que em alguns casos, muitos tenham tentado fazer da maneira mais tradicional, como são realizados os congressos dos partidos, sindicatos e movimentos sociais presos a uma idéia de mundo que não nos serve mais.
Por isso, a despeito de estarem reunidos sob o mesmo espaço de tempo e lugar, o que existe são vários fóruns, que confluem para um fórum maior.
Há o fórum das esquerdas tradicionais. Há o fórum da esquerda libertária. Há o fórum de quem não tem pretensão nenhuma de se posicionar de forma tão definida e que fica oscilando entre uma e outra. Há o fórum dos que parecem ter saído da tela de um filme Woodstock ou Hair.
Em todos estas situações, é possível achar quem tenha considerado o Fórum Social Mundial de forma mais positiva ou menos positiva.
E na verdade foi isso mesmo. Junto e misturado.
Com o tempo, na medida em que for aumentado a capacidade diferente de imaginar, criar, organizar, mobilizar , de mais coletivos e organizações poderemos ter uma resultado que diminua as falhas e limites.
E isso, será o resultado do que fazemos antes e depois do Fórum Social Mundial. Nos acontecimentos negativos e positivos que marcaram os três meses que antecederam a realização do FSM e na própria culminância, podemos observar o que é preciso e porque mudar.
Portanto, um outro mundo possível se constrói a partir das nossas relações e realizações cotidianas. Fiquemos atentos então a isso.
A que serve e como estão os processos sociais, politicos e culturais no qual estamos imersos, dentro do mundo de nossos coletivos e das nossas organizações?
Se fortalecem a verticalização, a burocratização, o controle, a manipulação, o sectarismo e o personalismo , não nos servem para a construção de um outro mundo possível.
E isso também fez parte do processo e da culminância do Fórum Social Mundial. Que faça parte com menos força nos próximos anos.
Por outro lado, perspectivas em contrário, também fizeram parte do FSM. Portanto O FSM continua em disputa, como as nossas vidas e nossos modelos de organização e de representação."   Exemplo negativos do Fórum Social que não queremos, será trazido em um terceiro texto. Assim como exemplos positivos do que queremos.

Prezados (as) , findo o processo que culminou com a realização do Fórum Social Mundial(FSM) em 2018, estamos às voltas com o pós FSM 2018.
Não deve demorar e alguns  textos avaliativos ou balanços já deverão estar disponibilizados .  No meu caso, já fiz isso no calor da hora, quando cheguei de Salvador,  elaborei e disponibilizei dois textos curtos sobre aspectos gerais importantes acerca do  FSM em Salvador.
No decorrer desta semana, espero escrever um terceiro texto detalhando e analisando sob minha ótica,  aspectos positivos e negativos que observei no processo anterior e na culminância.
Em termos de continuidade, já acordamos sobre a continuidade da discussão dos temas da mesa de debates, coordenada pelo Grupo de Trabalho (GT) de Cultura realizada no Pré FSM na UFS. Os temas dessa mesa para convergências dos campos de lutas foram os seguintes : Comunicação, Tecnologias e Midias Livres, Culturas de Resistências e Educação e Ciência para emancipação e soberania dos povos.
O primeiro encaminhamento que tiramos nas discussões pré FSM, durante a realização da mesa de debates citada,  foi a realização de debates nas comunidades com os temas acima.
O segundo encaminhamento,  que tiramos em discussões com o micro coletivo de cultura que foi até Salvador, formado por Zezito de Oliveira, Jéssica Santos e Lupércio Damasceno, foi trazer a Sergipe, Pedro Jatobá, do Iteia, um dos coletivos/organizações âncora,   que trabalha com a tecnologia social  produtoras culturais colaborativas.
A Produtora Cultural Colaborativa  é uma Tecnologia social  que reúne um conjunto de práticas formativas em software livre, metodologias de inclusão digital e produção cultural comunitária orientadas pelos princípios da economia solidária.
São iniciativas de desenvolvimento local realizadas  onde jovens, produtores e gestores culturais, empreendedores e artistas, participam da gestão do espaço e do processo formativo, criando e comercializando produtos e serviços da economia criativa em software e licenças livres e de forma autogestionária.
             Mais Informações: http://e.eita.org.br/produtora-cultural-colaborativa
A previsão para a vinda no dia 28 de abril. Quem topa participar da construção dessa roda de conversa?

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