segunda-feira, 1 de julho de 2013

COMO DESTRUIR A IMAGEM DE UM PAÍS EM 6 MINUTOS E 10 SEGUNDOS



Demorou (e muito) até que conseguíssemos mudar um tantinho a imagem do Brasil, reputado lá fora como um território de licenciosidade tropical, miserável, lascivo e entorpecido por toda sorte de narcóticos.

De repente, dois "brasileiros", fluentes em Inglês, resolvem dizer ao mundo que aqui é realmente o inferno. Dizem às pessoas para não vir à Copa do Mundo e, de quebra, pintam o país como uma péssima opção de investimento.

O vídeo da caras e bocas Carla Dauden, que vive em Los Angeles, foi produzido com esmero e profissionalismo, ainda que ela tente vender a versão de se trata de uma obra caseira e despretensiosa.

Para a "cineasta", o Brasil é um lugar de samba, festa e dança, atividades que inevitavelmente são acompanhadas pela droga.

Entre uma torcida de lábio e outra, em 6 minutos e 10 segundos, a jovem cria uma história de horrores associada ao torneio da FIFA. Afirma que pessoas estão sendo expulsas violentamente de suas casas, sem direito a qualquer indenização, pelos organizadores do evento.

Sem corar, manipula números e fatos. Fala de uma terra devastada, com uma multidão de famintos e analfabetos, vítimas de um governo desalmado e mentiroso.

Utiliza cenas de um discurso de Dilma Rousseff para apresentar imagens pinçadas de um suposto caos social, em que expõe enchentes, conflitos em favelas e protestos de índios.

Para Carla, as UPPs no Rio, por exemplo, servem apenas para esconder os bandidos durante os eventos esportivos. Segundo ela, a proposta é empurrar a sujeira para debaixo do tapete.

Em seu panorama do país, não há qualquer referência à redução da miséria, ao robustecimento da classe média, à geração recorde de empregos e à universalização do acesso ao ensino superior.

Carla mostra um Brasil em ruínas, feio e, logicamente, comandado por uma mulher nada interessada em gerar benefícios à população.

O vídeo do Change Brazil, estrelado por Silvio Roberto Maia, segue na mesma linha de desqualificação do país e de seu governo.

Este vídeo subiu ao Youtube no dia 14 de Junho e hoje registra 1,4 milhão de views. O de Carla foi postado três dias depois e hoje soma 3,4 milhões de views.

Ambos negam a ligação com partidos e a intenção de aproveitar politicamente a exaltação dos jovens que lutavam pela redução nos preços das tarifas de transporte.

Curiosamente, no entanto, os vídeos foram imediatamente replicados nos grupos neoconservadores e fascistas das redes sociais.

No dia seguinte a cada postagem, a mídia hegemônica catapultou os detratores do Brasil ao estrelado. Augusto Nunes, de Veja, escreveu assanhado sobre o trabalho de Carla Dauden, elogiando-a por "desmontar a vigarice bilionária da Copa da Ladroagem".

Outras figuras marcadas do alto comando da campanha de direita, como o dublê de comediante Marcelo Tas, também moveram esforços para valorizar os revoltosos gringos e propagar suas bombas cibernéticas.

Varrendo a enorme lista de artigos sobre as manifestações pelo Brasil, o cidadão-leitor deparar-se-á com jornalistas e acadêmicos cheios de convicções, desenhando uma reação popular espontânea, resultado do ciber-zeitgeist e do interesse pio do jovem em construir um mundo melhor.

A produção cuidada dessas peças de publicidade, assim como o criterioso sistema de promoção e distribuição de que têm se servido, no entanto, mostram que a história é outra e não cabe vez à ingenuidade.

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 Comovente o depoimento emocionado de Gil em favor da possibilidade de um Brasil melhor. Para além das idiossincrasias do processo político brasileiro, a convicção apaixonada do artista é reveladora do empenho e da autênticidade do seu engajamento. 08/07/2008

Gilberto Gil comenta as músicas de seu novo album Banda Larga Cordel


 


O que Whalt Withman viu
Maiakowscki viu
Outros viram também
Que a humanidade vem
Renascer no Brasil!

Teddy Roosevelt sentiu
Rabindranath Tagore.
Stefan Zweig viu também
Todos disseram amém
A essa luz que surgiu!

Roosevelt que celebrou nossa miscigenação
Até a considerou como sendo a solução
Pro seu próprio país
Pra se amalgamar
Misturar "melting pot" feliz
Não conseguiu pois seu Congresso não quis!

Rabindranath Tagore também profetizou
Ousou dizer que aqui surgiria o ser do amor
Um ser superior, civilização da emoção, da paixão, da canção
Terra do samba sim e do eterno perdão!

Maiacowski ouviu
A sereia do mar
Lhe falar de um gentio
De um povo mais feliz
Que habita esse lugar!

Esta terra do sol
Esta serra do mar
Esta terra Brasil
Sob este céu de anil
Sob a luz do luar!


http://multishow.globo.com/musica/gilberto-gil/outros-viram/


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Vídeo feito pelo cantor Leoni, sobre as manifestações. Uma homenagem à todos os manifestantes!
 

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 Os Seminovos - Marcha dos mortos 

 

 Eu tou Cansado dessa merda, Video Clip Banda Eddie

 AQUI

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Tom Zé sobre protestos: 'A descaração pública nacional está assombrada'

Em nova canção, músico e compositor alerta para as 'infiltrações de direita' nas mobilizações nas ruas e vê momento de celebração do país
por Redação RBA publicado 01/07/2013 12:48, última modificação 01/07/2013 13:31

Fora do Eixo / CC
Tom Zé
Tom Zé afirma que momento de mobilizações trouxe nova força política para o Brasil
São Paulo – O cantor e compositor Tom Zé lançou, na semana passada, música inspirada nas manifestações que pipocaram nas ruas das cidades por todo o país, Povo Novo, feita em parceria com o também compositor Marcelo Segreto. Para Tom Zé, o momento é de celebração, já que as reivindicações dos movimentos levaram a uma nova postura política, inclusive de governantes. “Estamos em um estado de celebração na medida em que toda a descaração pública nacional está assombrada, e tentando se redimir das suas eternas malandragens. Senado, Câmara, a oposição, o governo, está todo mundo empenhado em também seguir a voz da consciência”, disse em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Para ele, o movimento das ruas configura uma nova força política. “A gente está com o coração batendo e conserva uma alegria muito grande com essa força nova que o Estado de direito ganhou, a população ganhou, inesperadamente, da noite para o dia, quando começamos a ir pras ruas.”
Na música, Tom Zé também alerta sobre o caráter conservador que muitas das manifestações adquiriram, principalmente após a revogação do aumento da passagem de ônibus, trem e metrô em São Paulo, no último dia 19, com versos como “Olha, menino, que a direita já se azeita querendo entrar na receita”.
No dia 20, a manifestação marcada com intuito de comemorar o anúncio feito pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi marcada por intolerância a militantes de partidos políticos e movimentos sociais. Neste sentido, Tom Zé afirma que as reflexões da socióloga Marília Moscou foram fundamentais para a composição.
“A Marília tinha escrito em 19 de junho as preocupações sobre as infiltrações de direita nessas passeatas. Quando você está fazendo um trabalho e tem liberdade completa fica muito difícil, o documento que ela postou me ajudou a saber o que era conveniente e inconveniente, isso ajudou a fazer, fomos nos guiando, pelos cuidados que ela pedia para que se tomasse.”
A faixa está disponível para download gratuito no site oficial do músico.
Confira a letra de “Povo novo”:
A minha dor está na rua
Ainda crua
Em ato um tanto beato, mas
Calar a boca, nunca mais!

O povo novo quer muito mais
Do que desfile pela paz
Mas Quero muito mais
Quero gritar na

Próxima esquina
Olha a menina
O que gritar ah, o
Olha menino, que a direita
Já se azeita,
Querendo entrar na receita, mas
De gororoba, nunca mais
Já me deu azia, me deu gastura
Essa politicaradura
Dura,
Que rapa-dura!
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Um comentário:

Anônimo disse...

Sinceramente os vídeos só falam a verdade!
O país está um caos, só não vê quem nao quer ver!!!