sábado, 31 de agosto de 2013

Sarau Multicultural no mês de setembro em dose dupla.


CANCELADO O SARAU DO DIA 28/09, POR MOTIVO DE FÔLEGO DA EQUIPE. (NOVA DATA SERÁ AGENDADA) AGRADECEMOS A TODOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O SUCESSO DO SARAU COM ZÉ VICENTE.

O Sarau Multicultural deste mês será realizado de forma estendida em 21 de Setembro, sábado,  a partir das 17 horas, no seminário maior Nossa Senhora da Conceição, localizado no Loteamento Pousada Verde, bairro Lamarão, Aracaju e com entrada franca,    considerando o encontro musical com o artista cearense  Zé Vicente como uma extensão do Sarau Multicultural.

 

 no dia 28 de Setembro, sábado, das 14 ás 17h, no anexo da igreja São Pio X, bairro 18 do Forte,  teremos  o Sarau Multicultural Itinerante, tendo como tema “Cidades Sustentáveis – Ecologia Urbana em parceria com os agentes ligados as comunidades eclesiais de base (CEBs) e ao centro de estudos bíblicos (CEBI), fazendo memória e perseguindo a utopía das  jornadas ecológicas realizadas em 2011 e 2012.




Neste primeiro Sarau Itinerante contaremos na roda de conversa,  com a participação de José Firmo, Especialista em Gestão Urbana e Planejamento Municipal e  Lizaldo Ferreira Ambientalista e Poeta, ambos da coordenação do Fórum em Defesa da Grande Aracaju e com  reflexão e ativismo de muitos anos em prol de uma Aracaju e de um Sergipe mais humano, sustentável, democrático e mais  justo.
Dentro da programação, estaremos apresentando algumas textos poéticos de autores brasileiros e sergipanos com temática voltada a questões ligadas a ecologia e aos  cuidados com a integridade da criação.
 
José Firmo

Como acontece em todo o Sarau estaremos apresentando uma programação que consta de exibição audiovisual, nesta edição com o  curta Do Outro Lado do Rio produzido pelo Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira. Este trabalho conta a história de um pescador embrutecido pelas circunstâncias da vida e retrata o dia a dia com sua filha, uma menina tímida e cheia de sonhos. A gravação foi feita em Aracaju e na Barra dos Coqueiros sob a orientação da equipe do Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina – Kinoarte.
 
Ainda como parte da programação teremos danças circulares regionais e um momento orante e celebrativo inspirado em textos bíblicos, canções da MPB com temática ecológica, da comunidade ecumênica deTaizé e de autores ligados as CEBs e ao CEBI.

No mês de outubro, o Sarau Multicultural retorna ao formato inaugural, novamente no clube flamengo circulista.

Obs: Para este primeiro sarau itinerante pedimos a quem vier,   que traga frutas, doces bolos regionais e sucos para compartilhar.
Quem trouxer dinheiro poderá adquirir livros, cds, dvds e objetos de artesanato a preços bem acessíveis.

Dia da TERRA

Você que é filho do mesmo útero
Que não tem outra mãe
Nem onde ficar
Vive do que produz a superfície
O solo
O subsolo
A água
O ar
E em derredor
Demos a mão pra ir em frente
A mãe doente
Já pede socorro
Viver a vida por aqui
Não é mais viver
Vida repleta
Está poluída
Queimada
Devastada
Arruinada
Fedida
Gaia reclama com razão
A dor do parto
Por filho ingrato
Que não a ama
Sem compaixão
Você que dorme
E como consome suas entranhas
Suas águas
Tuas nascentes
Teus bichos
E plantas
Sente o ar fresco
O aroma das matas
Deslizando no rosto
Não tem desgosto
Dos rios e oceanos entupidos
Fedidos de lodo
Esgoto
É pau e pedra em todo lugar
É o fim do caminho
Como chegar
Onde respirar
Ar puro tá caro
Só embalado
Terra fértil
Terra farta
Terra sadia
Prometida
Mundo pequeno
Abandonado
Devastado
Mundo veneno
Nesse seu dia
Mais que poesia
Quero providências
Sou um a mais na constelação
A defender meu latifúndio
Meu velho mundo
Dou-lhe a mão
Vamos sair desse lugar
Pra onde fugir
Meu lugar é aqui
Nossas vidas coexistem
Quero ver-te preservado
Meu chão abençoado
Bonito
E regado de amar
Esperança
Multicolor
Com vida em abundância.
Lizaldo Vieira




Cidades Sustentáveis
São cidades com práticas, ações, exemplos que objetivam e favorecem para a sustentabilidade do município

Lizaldo Vieira (foto acima) 
SUSTENTABILIDADE!
A ideia de sustentabilidade está bastante clara no capitulo 225 da constituição brasileira de 1988, Quando diz: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações.
Atualmente, o termo sustentabilidade é utilizado para designar o bom uso dos recursos naturais da Terra, como a água, as florestas, reservas naturais e etc.
A palavra sustentável tem origem no latim "sustentare" , que significa sustentar, apoiar, conservar. O conceito de sustentabilidade está normalmente relacionado com uma mentalidade focada em atitude ou estratégia que sejam ecologicamente correta, viável a nível econômico, ambientalmente equilibrada, socialmente justa e com valorização da diversificação cultural.
Sustentabilidade virou um tema central e essencial nos vários projetos mundiais , e é utilizado para chamar atenção de diversos produtos e serviços, existem carros com conceito de sustentabilidade, prédios, industrias, empreendimentos, e até mesmo roupas. É um conceito amplo para mostrar que o produto fabricado foi feito sem danificar ou prejudicar o meio ambiente, através de praticas ecologicamente corretas, que não polui, e adota as praticas do Reduzir, reutilizar e reciclar e não utiliza madeiras de locais proibidas, sem certificação e etc.
Existem diversos conceitos ligados a sustentabilidade com preservação da diversidade e garantindo a integridade do patrimônio genético do país , através do crescimento sustentado, que é um crescimento econômico perene e seguro. A disposição da gestão sustentável, já dispõe de tecnologia para os setores dirigentes de uma organização que valoriza todos os fatores englobados, e é essencialmente ligado ao meio ambiente.

Cidades Sustentáveis
São cidades com práticas, ações, exemplos que objetivam e favorecem  a sustentabilidade do município

O que são
As cidades sustentáveis são aquelas que adotam uma série de práticas eficientes voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente. Geralmente são cidades muito bem planejadas e administradas. Atualmente existem várias cidades no Brasil e no mundo que já adotam práticas sustentáveis. Embora não podemos encontrar uma cidade que seja 100% sustentável, várias delas já praticam ações sustentáveis em diversas áreas.
Principais práticas adotadas pelas cidades sustentáveis
- Ações efetivas voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, visando o combate ao aquecimento global.
- Medidas que visam a manutenção dos bens naturais comuns.
- Planejamento e qualidade nos serviços de transporte público, principalmente utilizando fontes de energia limpa.
- Incentivo e ações de planejamento para o uso de meios de transporte não poluentes como, por exemplo, bicicletas.
- Ações para melhorar a mobilidade urbana, diminuindo consideravelmente o tráfego de veículos.
- Promoção de justiça social.
- Destino adequado para o lixo. Criação de sistemas eficientes voltados para a reciclagem de lixo. Uso de sistema de aterro sanitário para o lixo que não é reciclável.
- Aplicação de programas educacionais voltados para o desenvolvimento sustentável.
- Investimentos em educação de qualidade.
- Planejamento urbano eficiente, principalmente levando em consideração o longo prazo.
- Favorecimento de uma economia local dinâmica e sustentável.
- Adoção de práticas voltadas para o consumo consciente da população.
- Ações que visem o uso racional da água e seu reaproveitamento.
- Práticas de programas que visem a melhoria da saúde da população.
- Criação de espaços verdes (parques, praças) voltados para o lazer da população.
- Programas voltados para a arborização das ruas e espaços públicos.
Exemplos de cidades com práticas sustentáveis no Brasil
- João Pessoa - destaque na proteção de áreas ambientais.
- Extrema - preservação de áreas protegidas e conservação das águas.
- Curitiba - planejamento urbano voltado para a sustentabilidade.
- Paragominas - combate ao desmatamento.
- Santana do Paranaíba - cooperativa de catadores.
- Londrina - eficiente programa de coleta seletiva do lixo.
Exemplos de cidades com práticas sustentáveis no mundo
- Barcelona (Espanha) - mobilidade urbana e grande uso de energia solar.
- Copenhague (Dinamarca) - excelente na infraestrutura para o uso de bicicletas.
- Freiburg (Alemanha) - programas eficientes voltados para o uso racional de veículos automotores.
- Amsterdã (Holanda) - mobilidade urbana.
- Viena (Áustria) - prioridade para a compra de produtos ecológicos por parte da prefeitura.
- Zaragoza (Espanha) - sistema eficiente voltado para a economia de água.
- Thisted (Dinamarca) - 100% de uso de energia sustentável.

Como chegar a essa cidade sustentável
Introdução

Acompanhamos no dia-a-dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente. O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o solo e as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o meio ambiente, pois dependemos dele para sobreviver neste planeta.
Conceito
Desenvolvimento sustentável significa obter crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social.


Sugestões para o desenvolvimento sustentável:

- Reciclagem de diversos tipos de materiais: reciclagem de papel, alumínio, plástico, vidro, ferro, borracha, etc;
- Coleta seletiva de lixo;
- Tratamento de esgotos industriais e domésticos para que não sejam jogados em rios, lagos, córregos e mares;
- Descarte de baterias de celulares e outros equipamentos eletrônicos em locais especializados. Estas baterias nunca devem ser jogadas em lixo comum;
- Geração de energia através de fontes não poluentes como, por exemplo, eólica, solar e geotérmica.
- Substituição, em supermercados e lojas, das sacolas plásticas pelas feitas de papel;
- Uso racional (sem desperdício) de recursos da natureza como, por exemplo, a água;
- Diminuição na utilização de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), substituindo-os por biocombustíveis;
- Utilização de técnicas agrícolas que não prejudiquem o solo;
- Substituição gradual dos meios de transportes individuais (carros particulares) por coletivos (metrô);
- Criação de sistemas urbanos (ciclovias) capazes de permitir a utilização de bicicletas como meio de transporte eficiente e seguro;
- Incentivo ao transporte solidário (um veículo circulando com várias pessoas);
- Combate ao desmatamento ilegal de matas e florestas;
- Combate à ocupação irregular em regiões de mananciais;
- Criação de áreas verdes nos grandes centros urbanos;
- Manutenção e preservação dos ecossistemas.
- Valorização da produção e consumo de alimentos orgânicos.
- Implantação, nos grandes centros urbanos, da técnica do telhado verde.

Estas são apenas algumas sugestões para que o ser humano consiga estabelecer o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a manutenção do meio ambiente. Desenvolvimento sustentável é o grande desafio do século XXI e todos podem colaborar para que possamos atingir este importante objetivo.

Exemplos de desenvolvimento sustentável
Cidades sustentáveis
Responsabilidade Ambiental
Consumo consciente
Boa Gestão Ambiental dos recursos naturais
Reduzir, reutilizar e reciclar - os 3 Rs da sustentabilidade
Priorizar os Alimentos orgânicos
Sustentalidade Social
Sustentabilidade Empresarial
Reciclagem
Energia Sustentável e renovável
Agenda 21
Rio+20
Coleta seletiva no município
Pegada Ecológica
Adotar nas escolas Livros sobre desenvolvimento sustentável
Consumo Sustentável
Logística Reversa
Responsabilidade ambiental

 


Desenvolvimento ou sociedade sustentável?

Leonardo Boff








 



A reflexão crítica tem criado vasto convencimento de que o propalado "desenvolvimento sustentável" no sistema capitalista (pode ser válido num sistema localizado) é uma armadilha que cabe denunciar. A lógica do desenvolvimento neste sistema imperante contradiz a lógica da sustentabilidade. Ele se entende linear, ilimitado e supõe o infinito dos recursos da natureza. A sustentabilidade nos alerta de que vivemos num pequeno planeta, super-habitado, com recursos limitados, alguns renováveis e outros não. Se não elaborarmos um desenvolvimento (que precisamos) bem dosado e equitativo do qual todos possam se beneficiar, inclusive os demais membros da comunidade de vida à qual pertencemos, podemos ir ao encontro de um desastre.

Analistas como o prêmio Nobel de química Christian de Duve começa seu conhecido livro Poeira vital: a vida como imperativo cósmico afirmando que estamos assistindo a sintomas globais que, outrora, no processo evolutivo, antecipavam grandes devastações que atingiram a Terra. Mas há uma diferença, diz ele: outrora eram meteoros rasantes ou cataclismas naturais que devastavam a biosfera. Hoje o meteoro rasante mais perigoso se chama ser humano. Temos que cuidar e vigiar esse "meteoro" ameaçador e imprevisível.

A melhor forma de fazê-lo é deslocar o eixo do desenvolvimento para o da sustentabilidade. O que importa é termos uma sociedade sustentável que encontre para si o desenvolvimento de que precisa para garantir a base material de sua reprodução fazendo com que então o desenvolvimento participe desta sustentabilidade. Como é a sustentabilidade?

Uma sociedade é sustentável quando se organiza e se comporta de tal forma que ela, através das gerações, consegue garantir a vida dos cidadãos e dos ecossistemas na qual está inserida. Quanto mais uma sociedade se funda sobre recursos renováveis e recicláveis, mais sustentabilidade ostenta. Isso não significa que não possa usar de recursos não renováveis. Mas ao fazê-lo, deve praticar grande racionalidade especialmente por amor à única Terra que temos e em solidariedade para com gerações futuras. Há recursos que são abundantes como o carvão, o alumínio e o ferro, com a vantagem de que podem ser reciclados.

Uma sociedade só pode ser considerada sustentável se ela mesma, por seu trabalho e produção, se tornar mais e mais autônoma. Se tiver superado níveis agudos de pobreza ou tiver condições de crescentemente diminui-la. Se seus cidadãos estiverem ocupados em trabalhos significativos. Se a seguridade social for garantida para aqueles que são demasiadamente jovens ou idosos ou doentes e que não podem ingressar no mercado de trabalho. Se a igualdade social e política, também de gênero, for continuamente buscada. Se a desigualdade econômica for reduzida a niveis aceitáveis. Por fim, se seus cidadãos forem socialmente participativos e destarte puderem tornar concreta e continuamente perfectível a democracia. Por estes critérios o Brasil está ainda longe de ser uma sociedade sustentável.

Tal sociedade sustentável deve se colocar continuamente a questão: quanto de bem estar ela pode oferecer ao maior número possível de pessoas com o capital natural e cultural de que dispõe? Obviamente esta questão supõe a prévia sustentabilidade do Planeta sem a qual todos os demais projetos perderiam sua base e seriam vãos.

- Leonardo Boff é teólogo e filósofo

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O projeto Estatuto da Criança e do Adolescente será apresentado no I Fórum Sergipano de Práticas Pedagógicas

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O I Fórum Sergipano de Práticas Pedagógicas: construindo caminhos para a escola democrática e popular é um evento semestral promovido e organizado pelo SINTESE, cuja primeira versão será realizada no período de 29 a 31/08/2013. O evento tem como objetivo fomentar a discussão, a reflexão e a troca de experiências entre os professores e professoras a partir da socialização de diferentes práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas públicas de Sergipe, oportunizando, assim, um espaço coletivo de formação no processo de construção de práticas emancipatórias que corroboram com os princípios do “Projeto Escola Democrática e Popular: a educação que queremos”, construído coletivamente pela categoria.
Público Alvo:
Professores e professoras da rede pública de ensino de Sergipe.
METODOLOGIA
Mesas-redondas;
Rodas de conversa;
Oficinas pedagógicas;
Espaço para exposição de práticas pedagógicas;
Apresentações culturais.
Data do evento: 29/08/2013 a 31/08/20
RESUMO
  O projeto Ecarte é fruto do 1º Fórum Comunitário de Políticas Públicas, realizado em 04 de agosto de 2001, no Conjunto Jardim (municipio de Socorro) que abordou o tema: Educação. Nesse fórum de debates, além dos conferencistas, alguns grupos de teatro e dança, formados por adolescentes da comunidade, foram convidados para através da arte mostrar os seus anseios e frustrações com relação ao tema. Por isso, foi iniciada a formação de uma rede de agentes culturais formada por adolescentes e jovens interessados em ampliar a sua atuação na área. Através das discussões na rede de agentes culturais foi produzido o projeto Ecarte, com base em três objetivos combinados entre si: Oferecer uma opção de entretenimento através das oficinas artisticas e ao mesmo tempo melhorar a qualidade da produção cultural, considerando que muitos deles nunca tiveram acesso ao conhecimento especializado e utilizar o estatuto da criança e do adolescente como tema, visando apresentá-lo como instrumento de garantia de direitos. Com a contribuição de alguns integrantes dos grupos culturais e lideranças de apoio, o projeto Ecarte foi produzido e apresentado, em fins de 2001, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) que doou R$3.360,00 para a realização de três oficinas artísticas (teatro, dança e coral) e três oficinas pedagógicas (identidade, arte e cidadania e Estatuto da Criança e do Adolescente). O recurso foi utilizado na ajuda de custo para oficineiros e compra de material durante os anos de 2002 e 2003. A oficina de dança gerou o grupo de dança Ecarte, os integrantes da oficina de teatro foram convidados a se incorporarem ao já existente grupo teatral Artes e os integrantes da oficina canto coral, ao coro infantil da igreja católica. A oficina sobre o ECA (realizada em dois módulos) contribuiu para fortalecer o papel do grêmio na Escola através da ampliação da participação dos adolescentes ligados aos grupos artisticos-culturais nas atividades da entidade.(1º fase)
Para saber mais, clique   AQUI
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 Contando os ultimos dias para o encerramento do periodo de inscrições, o SINTESE divulga os locais que receberão os participantes do I Fórum Sergipano de Praticas Pedagogicas.

No período da manhã, de 08 às 12h, os debates acontecerão no Auditório da OAB, localizado na Travessa Martinho Garcez, 71, no Centro.

No período da tarde, das 14 às 18h, acontecem as rodas de conversa e oficinas no Colégio Atheneu, Praça Graccho Cardoso, bairro São José.

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Programação do I Fórum Sergipano de Práticas Pedagógicas

Autor // sintese
29/08
08 - 09h – Credenciamento
09h – Abertura/ Apresentação Cultural
09h30 – Mesa-redonda: “Escola Democrática e Popular: a educação que queremos"
- Palestrantes: Prof. Dr. Damião Oliveira (UFS) e Prof. Iran Barbosa (SEED/SEMED)
- Mediadora: Profª Ivonete Cruz (SINTESE)
14h às 18h – Rodas de conversa

30/08

08h –
Apresentação Cultural
08h30 - Encontrão das Rodas de Conversa
Mediadores: Profª Ivonete Cruz, Profª Viviane Almeida, Profª Itamara Leite, Prof. Neilton Diniz e Profª Leila Moraes (SINTESE)

14h –
Oficinas pedagógicas:

1: Educação e Culturas Digitais - Mediador:: Prof. Dr José Mário Aleluia Oliveira (UFS) - >>VAGAS ESGOTADAS
2: A dimensão socioambiental no contexto escolar: princípios e práticas -
Mediadora:: Profª Msc. Aline Lima Oliveira (UFS)
3: Letramento e Alfabetização
- Mediadora: Profª Drª Lianna Torres (UFS) - >>VAGAS ESGOTADAS
4: A Educação Popular e Democrática
- Mediador: Prof. Dr. Damião Oliveira (UFS) - >>VAGAS ESGOTADAS
5: A produção do Conhecimento Científico na Educação Básica
- Mediador: Prof. Msc. Vinícius Silva Santos (UNEB)
6: Os alunos que temos e os alunos que queremos: Violência e Indisciplina na Escola - Mediadora:
 Profª Drª Ana Maria Falcão de Aragão (UNICAMP) - >>VAGAS ESGOTADAS
7: Educação de Jovens e Adultos: especificidades, desafios e possibilidades
- Mediadora: Profª Drª Adriana Alves Fernandes Vicentini (UNICAMP) - >>VAGAS ESGOTADAS
8: Educação do Campo: Políticas, currículos e práticas
- Mediadora: Profª Drª Sônia Meire Azevedo de Jesus (UFS)
9: Educação Inclusiva - Mediadora: Profª Drª. Iara Maria Campelo Lima (UFS)
 - >>VAGAS ESGOTADAS
10: Educação e Direitos Humanos
- Mediador: Prof. Iran Barbosa (SEED/SEMED)
11: Educação Infantil em tempo integral
- Mediadora: Profª Drª Tacyana Karla Gomes Ramos (UFS)
12: Ensino Médio: currículo e práticas
- Mediadores: Prof. Msc. Flávio Dantas Albuquerque Melo (SEED / SEMED) e Prof. Msc. Benedito Carlos Libório Caires Araújo (UFS)
13: Ensino de História e Literatura - Mediadora: Profª Drª Marizete Lucini (UFS)
14: Educação e relações etnico-raciais - Mediador: Prafª. Dra. Maria Batista Lima (UFS) e Prof. Msc. Evanilson Tavares de França (SEED)


31/08

08h – Apresentação Cultural
08h30 - Mesa-redonda: “Práticas pedagógicas emancipatórias no cotidiano escolar: possibilidades e desafios”
- Convidados: Prof. Dr. José Mário Aleluia Oliveira (UFS), Profª Drª. Lianna Torres (UFS) e Profª Drª Solange Lacks (UFS)
- Mediador: Prof. Msc. Damião Oliveira (SEED/UFS)

Encerramento do evento


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

De Martini a Bergoglio

Publicado originalmente em Noticias IHU, na Segunda, 26 de agosto de 2013


. AQUI Segunda, 26 de agosto de 2013Segunda, 26 de agosto de 2013

Por ocasião do primeiro ano de falecimento do Cardeal Carlo Maria Martini, Religión Digital, 24-08-2013, publica um artigo de José Manuel Vidal. A tradução é de Benno Dischinger.
Eis o artigo.
No próximo dia 31 de agosto se completa o primeiro aniversário da morte do cardeal Carlo Maria Martini, a quem poderíamos chamar “o Batista”, o precursor, o purpurado que, durante os longos anos do “inverno-involução” eclesial manteve a tocha conciliar viva e erguida. E não era fácil para ele. Remar contra a corrente só está ao alcance dos sábios e dos fortes. Dissentir na e a partir da Igreja só o sabem fazer os santos e os profetas.
Não creio exagerar se digo que, em certo sentido, Bergoglio é filho de Martini. De fato, no conclave de 2005, quando saiu eleito Ratzinger, o primeiro destinatário dos votos que aglutinava o velho cardeal (que entrou na Sixtina com bengala, para dar a entender claramente que não era elegível) foi parar no então cardeal Bergoglio.
A ambos une, sem dúvida, seu pertencimento à Companhia de Jesus. Os dois são “companheiros de Jesus”. Os dois viveram os anos da ilusão do pós-concílio e do envio do Padre Arrupe às fronteiras (“às periferias”, como diz Francisco) e a lutar pela “fé e a justiça”. Sem contrapô-las, sem separá-las. Como as traves da mesma cruz.
Os dois foram testemunhas doloridas da “intervenção” da Companhia por parte do Papa Wojtyla. E o sofreram em silêncio, em obediência, com espírito de profunda comunhão.
Com o passar dos anos, em ambos foi se abrindo a idéia de que a involução estava indo demasiado longe e demasiado para trás. Martini não deixou de proclamá-lo durante toda a sua vida. Quando era cardeal de Milão e depois, já jubilado, a partir de Jerusalém e da Itália.
“Levamos 200 anos de atraso”, dizia o purpurado italiano poucos meses antes de morrer, numa espécie de livro-testamento. E voltava a repetir, uma vez mais, seu sonho de uma Igreja co-responsável, colegial, samaritana, aberta aos sinais dos tempos, com coragem para abordar temas polêmicos cuja mudança vem pedindo, há tempo, o povo de Deus. Desde o celibato opcional ao sacerdócio feminino, passando pela comunhão aos divorciados que voltaram a casar...
Sonhava Martini (o vermelho que não pôde ser branco, o Papa in pectore do povo), ou profetizava? Sonhava Martini ou marcava o roteiro ao Papa que iria chegar e que ele conhecia bem?
Porque acontece que, uns meses depois de sua morte, chegou a Roma Francisco. O Papa chamado a consertar a Igreja. Em Roma está se encontrando com muitos “nós”. Alguns profundamente enraizados, resistentes, poderosos, dispostos a tudo para manter seu poder.
A velha guarda curial romana e dos diversos países católicos do mundo não terá atitude fácil. Levam mais de 30 anos escorando um modelo eclesial de fortaleza acossada e sitiada. Levam décadas de enroscamento. As inércias têm seu peso. Os chefes dos “cordames” não deixarão facilmente seus postos de ordem e mando. Alguns estão dispostos inclusive a morrer matando. E encurralados pelo ciclone romano são mais perigosos que nunca.
Têm apego ao inverno. Agrada-lhes um mundo e uma Igreja em branco e preto. Uma Igreja justiceira, mais madrasta que mãe, que separe, enquanto crescem, o trigo e o joio. Custa-lhes renunciar a suas “seguranças”, a seus grupos-estufa, a seus incensórios sempre fumegantes, a seu controle absoluto...
A inércia os leva a continuar proibindo e mandando cartas e emails (muitos deles anônimos) com queixas e denúncias. Repartem carnês de eclesialidade somente aos seus e tratam de tirá-los a todos os demais. E suas denúncias seguem fluindo, incansáeis, em Roma. Crêem que continua sendo válida a estratégia da etapa anterior: denuncia que algo permanece... Não se dão conta ou não querem dar-se conta de que em Roma virou o timão, o rumo é outro e a barca eclesial se dirige para novos mares claros, abertos e transparentes. Mares dialogantes, servidores e honestos.
Os capitosos se aferram a seus postos com unhas e dentes, porém, a seu lado, já começou a debandada. Cheiram a passado. Os primeiros a dar-lhes as costas tem sido seus mais devotos, os carreiristas, os que lhes douraram a pílula durante todos estes anos, os que os convenceram de que eram únicos, imprescindíveis, orlados com uma “auctoritas” especial.
Também estão virando e os estão abandonando os “vira-casacas”. E, por suposto, os que os seguiam com boa vontade, porém com medo. E os pusilânimes que sempre pensaram que o inverno durava demasiado, porém nunca se atreveram a sorrir e tornar possível a chegada da primavera.
Já os deixaram em massa a imensa maioria dos moderados, dos que se queixavam resignadamente e sem grandes algazarras externas. Por falta de valentia, e ao mesmo tempo, para não romper o sagrado bem da comunhão eclesial. Convenceram-nos, durante anos, de que a comunhão era um tabu que não se podia romper nem em favor do Evangelho nem da própria consciência. O maior bem da Igreja estava acima da maior glória de Deus. A Igreja convertida no Reino de Deus.
Podem mudar os curiais daqui e dali? Claro que sim. Por muito aferrada que esteja ao poder, a Cúria não pode desobedecer ao Papa. Alguns tentaram ir contra ele, condenados ao fracasso. É o direito ao bater-pés, como o de Ottaviani ou Siri em tempos de João XXIII e Paulo VI.
Profundamente decepcionados, esperavam um novo amanhece que, por fim, chegou.
Pior, muito pior, estava a Cúria (a de Roma e a daqui) então. E os ventos do aggiornamento conciliar acabaram triunfando. E em poucos anos. É verdade que, então, houve de entremeio um Concílio. Mas também o é que, agora, e, quiçá, por vez primeira na História, o Papa Francisco tem o aval e o “mandato” do conclave e do colégio cardinalício. Francisco conta com o aval das bases e da cúpula eclesiástica.
Nunca um Papa teve tantos apoios para levar a cabo o labor de reforma e reparo eclesial. E conta, ademais, com referenciais de prestígio. Desde o citado Martini, aos bispos Helder Câmara, Lorscheider ou Arns, aos que homenageou em sua recente viagem ao Brasil. O Basil Hume e o Quinn e tantos outros.
E, como se fosse pouco, Francisco, o jesuíta, é o um perito em desatar nós. Não em vão sua invocação preferida é a da Virgem Desata-nós. Santa Maria Desata-nós, ora pro nobis!

Leia também:

 
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 quinta-feira, 28 de março de 2013(data de publicação neste blog)

Cardeal Carlo Maria Martini: um exemplo de vida.

                           
                                         
Por que não se questionar? Temos medo?
Esta foi a última entrevista do Cardeal Carlo Maria Martini, Arcebispo Emérito de Milão, Itália, cedida ao Padre Georg Sporschill, um seu confrade jesuíta, e a Federica Radice, no dia 8 de Agosto de 2012, em Conversações noturnas em Jerusalém: "Uma espécie de testamento espiritual. Cardeal Martini leu e aprovou o texto." Ele faleceu no dia 31 de agosto seguinte.
Como você vê a situação da Igreja?
"A Igreja está cansada na Europa do bem-estar social e na América. Nossa cultura está envelhecida, nossas Igrejas são grandes, as nossas casas religiosas estão vazias e o aparato burocrático tem aumentado na Igreja, os nossos rituais e nossas roupas litúrgicas são pomposos. Essas coisas expressam o que somos hoje? (...) O bem-estar está pesado. Nós estamos como aquele jovem rico que foi embora triste quando Jesus o chamou para fazê-lo seu discípulo. Eu sei que não podemos deixar tudo com facilidade. Mas pelo menos podemos procurar pessoas que são livres e estão juntas ao próximo. Como eram o Bispo Romero e os mártires jesuítas de El Salvador. Onde estão os nossos heróis para nos inspirar? Por nenhuma razão devemos limitar-lhes aos vínculos da instituição."
Quem pode ajudar a Igreja hoje?
"Padre Karl Rahner usava freqüentemente a imagem das brasas escondidas sob as cinzas. Eu vejo na Igreja de hoje tanta cinza sobre as brasas, que muitas vezes toma conta de mim um sentimento de desamparo. Como você pode livrar a brasa da cinza, de modo a reavivar a chama do amor? Primeiro nós temos que olhar para este fogo. Onde estão as pessoas cheias de generosidade como o Bom Samaritano? Quem tem fé como o centurião romano? Quem estão entusiasmados como João Batista? Quem ousa o novo como Paulo? Que são fiéis como Maria Madalena? Eu aconselho o Papa e os bispos a procurar 12 pessoas fora da linha para lugares de direção. Homens que estão perto dos pobres e que estejam cercados por jovens que experimentem coisas novas. Temos a necessidade do confronto com homens que ardem afim de que o espírito se espalhe por toda parte".
Que instrumentos o senhor recomenda contra a fadiga da Igreja?
"Eu recomendo três muito fortes. O primeiro é a conversão: a Igreja deve reconhecer seus erros e deve seguir um caminho de mudança radical, começando com o Papa e os bispos. Os escândalos de pedofilia nos empurram para embarcar em um caminho de conversão. As questões sobre sexualidade e todas as questões que envolvem o corpo são um exemplo. Estes são importantes para todos e, por vezes, talvez só para alguns que são muito importantes. Devemos nos perguntar se as pessoas ainda ouvem o conselho da Igreja em questões sexuais. A Igreja ainda é uma autoridade neste campo de referência ou apenas uma caricatura na mídia? O segundo é a Palavra de Deus: O Concílio Vaticano II restituiu a Bíblia aos católicos. (...) Somente a pessoa que percebe em seu coração esta palavra pode ser parte daqueles que ajudam a renovação da Igreja e vai responder a perguntas pessoais com uma escolha certa. A Palavra de Deus é simples e se parece com um companheiro que escuta o coração (...). Nem o clero nem o Direito eclesial pode substituir a interioridade do homem. Todas as regras externas, leis, os dogmas, nos são oferecidos para clarear a voz interior e no discernimento dos espíritos. Para quem são os sacramentos? Estes são o terceiro instrumento de cura. Os sacramentos não são uma ferramenta para a disciplina, mas uma ajuda para os homens em tempos de fraqueza e caminhada da vida. Nós trazemos os sacramentos para as pessoas que precisam de uma nova força? Eu penso em todos os casais divorciados e recasados, em famílias separadas. Eles precisam de proteção especial. A Igreja apóia a indissolubilidade do casamento. É uma graça quando um casamento e uma família pode viver este valor (...). A atitude que tomarmos para com as famílias separadas vai determinar a aproximação da Igreja com seus filhos. Uma mulher foi abandonada pelo marido e tem um novo parceiro que cuida dela e de seus três filhos. Há a tentativa de um segundo amor. Se esta família é discriminada, é discriminado não só a mãe, mas também seus filhos. Se os pais estão fora da Igreja, ou não sentir o apoio, a Igreja vai perder a próxima geração. Antes da comunhão, rezamos: "Senhor eu não sou digno..." Sabemos que não somos dignos (...). O amor é a graça. O amor é um dom. A questão dos divorciados se podem comungar deve ser revertida. Como pode a Igreja começa a ajudar com o poder dos sacramentos para aqueles que têm situações familiares complexas?"
O que o senhor faz pessoalmente?
"A Igreja ficou para trás 200 anos. Por que não se questionar? Temos medo? Medo em vez de coragem? No entanto, a fé é o fundamento da Igreja. Fé, confiança, coragem. Estou velho e doente e dependo dos outros. Boas pessoas ao meu redor me fazem sentir o amor. Este amor é mais forte do que o sentimento de desconfiança que às vezes se sente em relação à Igreja na Europa. Só o amor vence o cansaço. Deus é Amor. Eu ainda tenho uma pergunta para você: o que você pode fazer pela Igreja?”

Tradução: Irmãs de Santo Euzébio da Comunidade de Malhada dos Bois (SE) e Pe. Isaías Nascimento (Propriá/SE)
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 sábado, 16 de março de 2013 (data de publicação do post abaixo neste blog)

O que Martini queria dizer ao papa. Artigo de Georg Sporschill

A Menina sem Qualidades




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Menina Sem Qualidades é uma minissérie brasileira produzida e transmitida pela MTV Brasil, conta com a co-produção dos Estúdios Quanta em parceria com a Quanta Post. A série estreou em 27 de maio de 2013 e é uma adaptação do romance alemão Spieltrieb, de Juli Zeh. A minisérie é recomendada para maiores de 16 anos (Contém cenas de nudez) e descreve em 12 episódios a relação de Ana (Bianca Comparato), Alex (Rodrigo Pandolfo) e Tristán (Javier Drolas).
Ana (Bianca Comparato) é uma jovem de dezesseis anos filha de pais separados que foi expulsa do último colégio por agredir um aluno. Muito inteligente, ela costuma entrar em conflito com seus professores. Seu comportamento a transforma em uma solitária até que ela conhece Alex (Rodrigo Pandolfo), um rapaz manipulador de dezoito anos, filho de pai libanês e mãe brasileira. O passatempo de Alex é o de testar os limites das regras sociais, questionando seus valores e suas fraquezas.
Juntos, eles decidem pregar uma peça em Tristán (Javier Drolas), professor de literatura e espanhol. Ele é um argentino que foi preso político durante a ditadura militar de seu país. Agora casado com Bianca (Inês Efron), uma mulher depressiva que já tentou o suicídio, ele passa por uma crise em seu casamento. Ana seduz Tristán, encontro que é filmado por Alex. Mais tarde, os dois ameaçam divulgar o vídeo na internet caso Tristán não concorde em continuar com o relacionamento. Assim, outros encontros ocorrem nas dependências do colégio.

Acesse o blog da série e assista aos episódios. AQUI

A Menina sem Qualidades
Informação geral
Formato              Série
Gênero                Drama
Duração              18 a 22 Minutos (sem comerciais)
Criador(es)          Juli Zeh
País de origem    Brasil
Idioma original (em português)
Produção
Produtor(es)       Estúdios Quanta
Quanta Post
Elenco   Bianca Comparato
Rodrigo Pandolfo
Javier Drolas
Exibição
Emissora de
televisão original             MTV Brasil
Formato de exibição       1080i (HDTV)
Transmissão original       27 de maio de 2013 - 13 de junho de 2013
Nº de temporadas           1
Nº de episódios                12
Elenco
    Ana - Bianca Comparato
    Alex - Rodrigo Pandolfo
    Tristán - Javier Drolas
    Bianca - Inês Efron
    Hofmann - Eduardo Oliveira
    Luna - Luna Martinelli
    Olavo - Rodrigo Pavon
    Pai de Alex - Wagner Moura
    Rodrigo - José Sampaio
    Selma - Gabriela Poester
    General - Ivo Müller
    Sofia - Mariana Nunes
    Valter - João Bourbonnais
    Daniel - Marcos Felipe
 27/05/2013 - 03h16

Crítica: Felipe Hirsch renova teledramaturgia adolescente

Folha de São Paulo
 
THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO
Sem exagero, a série que estreia hoje à noite na MTV não se parece com nada que já foi feito na teledramaturgia destinada a adolescentes. E certamente merece uma audiência de qualquer idade.
O frescor de "A Menina sem Qualidades" é tamanho que apenas o primeiro de seus 12 episódios pode transformar uma década de "Malhação" em um grande equívoco.
A série dirigida por Felipe Hirsch, adaptada de um livro alemão homônimo, mostra os garotos como seus pais nunca imaginaram que eles fossem -e é assim que eles são.
Bianca Comparato, 27, faz qualquer um acreditar que ela tem realmente os 16 anos de Ana, protagonista com inteligência acima da média que devora livros e tem problemas de convivência na escola.

Divulgação
Bianca Comparato na série da MTV "Menina sem Qualidades"
Bianca Comparato na série da MTV "Menina sem Qualidades"
No caso, os "problemas" não são só constrangimentos por causa de piadas maldosas. O bullying é mais embaixo. Ana chega a ser surrada por colegas, numa sequência violenta e impressionante.
Mas ela dá o troco, fisicamente, e isso diz muito sobre o tom de "A Menina sem Qualidades". Não tem refresco.
Para acompanhar o dia a dia de Ana, de tédio, paixão, sexo e melancolia, Hirsch mistura linguagens que domina muito bem há tempos, a teatral e a cinematográfica.
Visualmente, a série é puro cinema, com longas sequências, close-ups e planos abertos, ritmo cadenciado.
No texto, sem o naturalismo raso da TV, diálogos complexos, densos, com rigor de falas marcadas, teatrais.
Completam a lista de acertos da empreitada uma clara entrega dos atores -Bianca brilha, mas todos estão bem- e uma saborosa trilha sonora pescada em álbuns de rock "indie", marca registrada das peças do diretor.
Por isso tudo, não dá para largar essa série no meio.
NA TV
A Menina sem Qualidades
DIREÇÃO Felipe Hirsch
EXIBIÇÃO MTV, de segunda-feira a quinta-feira, às 23h
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO ótimo


Música co-relacionada