segunda-feira, 22 de agosto de 2016

“Eu quero participar mais” O que estão fazendo em 2016, os partidos e/ou candidatos que estão respondendo a esta demanda das jornadas de junho de 2013.


Abaixo, estaremos apresentando uma relação das iniciativas dos partidos e/ou candidatos que melhor sabem/souberam responder a uma das pautas difusas das jornadas de junho de 2013, "MAIS E MELHOR PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO E DE COLETIVOS" , na formulação, fiscalização e avaliação das politicas públicas.  Importa lembrar que os modelos tradicionais de participação, como conferências e conselhos,   não são mais suficientes para dar conta deste anseio. 

Em termos de formato, não podemos deixar de parabenizar o PSOL do Rio de Janeiro, pela iniciativa de começar o debate sobre "A CIDADE QUE QUEREMOS" mais de um ano antes, do lançamento oficial da campanha da candidatura a prefeitura do candidato Marcelo Freixo.

A destacar também, a gestão do prefeito Haddad de São Paulo, que usou uma série de recursos e formatos de participação ao longo da gestão, tanto presencial, como virtual.

O Raiz/Movimento Cidadanista, a qual  candidata Luiza Erundina pelo PSOL de São Paulo está ligada, tem nos circulos cidadanista, um importante instrumento da construção de um práxis partidária  permanente de participação democrática e qualificada.


Por último, a campanha do prefeito João Paulo da cidade do Recife, poderá fazer desta cidade novamente um farol de inovação, justiça e criatividade no campo das politicas públicas, como aconteceu  na primeira gestão do prefeito João Paulo. Que os exemplos acima, possam ajudar a inspirar e fortalecer quem já está fazendo isso em outras cidades. Agora e depois do resultado das eleições. Independente da vitória ou não. 


Vale também destacar o texto "OUTRO BRASIL? SOMENTE COM PARTICIPAÇÃO E ARTE." escrito por mim no ano de 2006, antecipando uma necessidade que foi gritada nas ruas em 2013. Embora de forma difusa, como já citado. 


Zezito de Oliveira - educador e produtor cultural de iniciativas culturais de base comunitária.


 
AQUI e AQUI

O prefeito Fernando Haddad convida para o começo da discussão do plano de governo de sua segunda gestão. Vai ser quinta-feira 9 de junho, na UNINOVE, na rua Vergueiro, 235, no bairro da Liberdade. "Contamos com vocês que pensam em mobilidade, urbanismo, saúde e educação Estamos ansiosos para conhecer suas ideias e incorpora-las ao nosso plano de governo". Tod@s convidad@s!

 

Programa de governo de João Paulo é construído pelos recifenses

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  domingo, 31 de julho de 2016


OUTRO BRASIL? SOMENTE COM PARTICIPAÇÃO E ARTE.

Certa feita, conversando com um amigo educador/artista, que reside na cidade de Olinda, em Pernambuco, sobre o modo de a esquerda governar, ele externou para mim algumas preocupações referentes ao modelo de gestão de muitas administrações progressistas que ele conheceu e que se moldam facilmente à cultura política das oligarquias locais e realizam, mesmo que de forma mais eficiente, uma gestão cuja prioridade são apenas as grandes obras, os programas assistenciais e os shows com grandes artistas ligados à cultura de massa, o que acaba lembrando uma canção do Cazuza: “Um museu de grandes novidades” ou parafraseando Belchior: “Minha dor é perceber que apesar de tudo que fizemos, ainda somos os mesmos, “pensamos” e administramos a coisa pública como os velhos coronéis.”

E o meu amigo fez o questionamento porque, ocorrendo o término do mandato (sem reeleição), uma outra administração ligada a partidos conservadores, com inteligência e perspicácia pode fazer a mesma coisa: realizar grandes obras, investir em programas sociais e prosseguir na organização dos mega shows e, conseqüentemente, passar para a população a idéia de que não haverá necessidade de se votar na esquerda novamente.

Se na época não consegui imaginar isso como uma possibilidade real, decorridos alguns anos dessa conversa, reconheço que essa opinião é pertinente e esse texto foi escrito para ajudar na reflexão sobre o assunto, na linha de que tudo que é sólido se desmancha no ar e de que o que é novidade facilmente torna-se comum, e por isso todo indivíduo ou organização que deseja ser sempre considerada e reconhecida deve continuadamente buscar se aprimorar naquilo para que foi criada e facilitar as coisas para que novas descobertas e novas invenções possam ter lugar.

E isso só acontece num ambiente de autonomia e que favoreça condições e oportunidades para a construção e reconstrução subjetiva dos indivíduos .

Nesse sentido, considero duas questões primordiais. Em primeiro lugar, atenção especial para a mudança de valores e práticas de relacionamento político pautado nos antigos procedimentos da elite dominante, como o clientelismo, o paternalismo, o autoritarismo etc...

Em segundo lugar, atenção especial àquilo que aponta para a criação de sujeitos mais solidários, mais livres, mais ousados, àquilo que cria e dá sentido à realização plena das pessoas (refiro- me aqui à produção artístico/ cultural).

No primeiro caso se faz necessário (re)construir, fortalecer ou criar estruturas formais e informais de participação “real” da população nas decisões sobre os rumos do governo, como os conselhos, as conferências, as câmaras setoriais, os fóruns e as redes, além do incentivo e apoio à organização da sociedade civil através das ongs, e cooperativas. Assim, se viabilizaria um ambiente favorável à gestação de novas idéias e recursos para resolver ou atenuar velhos problemas, o que também pode garantir a criação de um antídoto para evitar o retrocesso de condução antidemocrática das decisões, a partir da eleição de partidos ligados às velhas elites dirigentes, após suceder-se um governo de esquerda.

No segundo caso, democratizar o acesso aos meios de produção artística e dos meios de produção e difusão da informação, com orçamento decente e gestores comprometidos, preparados e que saibam ouvir os interessados no assunto, o que resultará em diretrizes e ações que garantirão à maioria da população a possibilidade de se expressar de maneira que não fiquem apenas se comportando como meros consumidores de um bocado de lixo que é comercializado como produto cultural e cujos conteúdos -- carregados de intolerância (inclusive religiosa), vulgarização do sexo, preconceitos vários, individualismo exacerbado, banalização da violência, etc., -- vão na direção contrária de tudo aquilo que defendemos, formando o “caldo” da cultura que conduz ao retorno e sustentação da nova/ velha direita.

E isso é tudo que muita gente que ousa lutar e acreditar em outro país menos deseja, mas que será inevitável, caso opiniões como a nossa não sejam levadas em consideração a tempo.

P.S.: Segundo o pensador italiano Norberto Bobbio a esquerda orienta-se por um sentimento igualitário e a direita aceita a desigualdade como natural. Embora no Brasil seja praticamente impossível perceber a diferença através dos discursos e propaganda em época de campanha eleitoral.

Quanto as questões que apresento no texto acima percebo que o modelo de gestão do Ministério da Cultura aponta para o que escrevi acima. Apesar da necessidade de aumento do orçamento e da capacitação técnica e redução da burocracia para o acesso dos pequenos empreendedores culturais do interior e das periferias aos editais. Em Recife, em visitas a comunidades periféricas e em conversas com artistas e arte-educadores populares e também com o Secretário de Cultura, João Roberto Peixe, que nos concedeu audiência de quase duas horas no ano de 2004, pude perceber que muito daquilo que queremos/sonhamos já é realidade. Na oportunidade, o secretário me entregou cópias do relatório de gestão 2000/2004 e da I Conferência Municipal de Cultura do Recife, da qual tive a honra de participar.

José de Oliveira Santos - “Zezito” Professor de história e ativista cultural

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“ O vereador e o prefeito de nossos sonhos. Àqueles que investem na juventude, em arte e cultura cidadã e de base comunitária e na democratização da comunicação.”

 domingo, 31 de julho de 2016



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