quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE PRODUZIR ARTE E CULTURA NA ESCOLA E NA CIDADE. Escritos de janeiro e fevereiro de 2017.


 
Apresentação da coreografia "samba de roda" - Oficina de dança moderna do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania. Foto: Raoni Smith
 
Publicados originalmente no facebook.
 
O ABRAÇO DA ARTE E DA CULTURA COM A EDUCAÇÃO.

Os encontros necessários da arte e da cultura com a educação acontecem, porque cada vez mais aumenta o número de educadores e gestores que percebem o quanto as escolas, precisam investir na melhoria do background cultural ou das experiências de fundo e circunstanciais de alunos e professores neste campo, o que não pode mais ser desconsiderado como uma das saídas para fortalecer o processo ensino-aprendizagem e melhorar o clima escolar.

Já para artistas e/ou arte-educadores, além dos agentes culturais comunitários, as escolas podem oferecer o que precisam em termos da ampliação de recursos, tanto materiais e financeiros, como humanos.

E como tudo que é humano, estes encontros também são atravessados por tensões e conflitos, considerando o choque de lógicas de visão e de metodologias. Como existem várias nuances e, por falta de tempo não temos como detalhar neste momento, vamos ficar com o que considero como uma das que provocam maior desconforto, a idéia de que artista ou arte-educador não tem supermercado e condomínio para pagar, daí os valores irrisórios pagos por alguns programas que ofertam oficinas culturais nas escolas, como é o caso do Mais Educação e do Escola Aberta ou convites para que artistas façam apresentações artísticas ou ministrem oficinas culturais sem cachês. 

E a pergunta quando feita ao diretor da escola, quando esta não tem o programa "Mais Educação" ou "Ensino Médio Inovador". Porque não se pode contratar profissionais artistas ou arte-educadores, mesmo de forma esporádica? E então temos como resposta: “O recurso financeiro que a escola recebe,  só contempla a compra de material permanente como máquinas fotográficas, por exemplo, ou material de custeio como cartolinas, giz cera, lápis de cor, pincel atômico e etc.”

Essa realidade começou a ser enfrentada pelo programa Mais Cultura nas Escolas,inclusive valorizando a remuneração do artista ou arte-educador,  o qual buscou uma relação de parceria do Ministério da Educação com o Ministério da Cultura, parceria na qual o primeiro entrou com os recursos financeiros, e o segundo com a conhecimento técnico e experiência no trato com metodologias no trabalho com arte e da cultura. 

Isso gerou como consequência, um edital que buscou reproduzir esta relação no âmbito das escolas com artistas/grupos/coletivos/organizações que atuam com arte e cultura.

Lamentavelmente o programa Mais Cultura nas Escolas encontra-se parado, inativo. Afirmamos isso porque não chegam noticias de Brasilia a respeito da continuidade ou não do programa, todavia os municípios e estados podem se apropriar da experiência e adaptar a realidade de cada local. 

Em 2012 participei de um seminário/pesquisa na cidade do Recife, seminário preparatório que visava recolher subsídios para o lançamento do programa Mais Cultura nas Escolas, o qual veio acontecer cerca de um ano e meio após o referido seminário. Abaixo o relatório final da iniciativa e em seguida um texto sobre a operacionalização do programa Mais Cultura nas Escolas.

Zezito de Oliveiro – educador e realizador/produtor cultural.



Escrito em 09 de fevereiro de 2017

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Quando ARACAJU vai ter seu Plano Municipal de Cultura? Pergunta o professor Mário Resende.

Segundo Nino Karvan e Silvio Santos é uma das prioridades. Mas, porém, todavia.... Como publiquei em minha timeline. "Em uma das últimas conversas que tive com Alisson Couto, artista e assessor técnico da Secretaria de Estado da Cultura e com Nino Karvan, diretor de cultura da Funcaju. Fiz a  pergunta em tom semelhante,  mas de maneira não tão fácil para encontrar respostas satisfatórias imediatas, nos seguintes termos: Como trazer para o protagonismo da formulação dos planos estaduais e municipais de cultura, a voz e o olhar de quem vive mais afastado da cena artistica e cultural, mas que mesmo assim realiza uma produção artistica e cultural reconhecida e comprometida com o melhor do seu povo? Falamos a respeito de quem mora nas periferias e no interior. 

 Uma das possibilidade de respostas me veio, a partir das lembranças do evento de inauguração da base comunitária do Projeto Pescando Memórias, acontecido neste último final de semana.

Roda de conversa intercalada com apresentações culturais da comunidade e parceiros, como foi o caso da Unegro e do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania, entre outros. Assim também com outras atividades de cunho social, desportivo e recreativo. Dentro da realidade onde vivem estas pessoas, com linguagem simples e partindo do cotidiano em que elas vivem.


 Do contrário, teremos planos muito bem escritos ou bem elaborados, mais com pouca base social e politica em favor da sua implementação.

Conclusão, mais um belo documento para subsidiar discussões e estudos, mas com pouco poder em incidência no desenvolvimento cultural de nossas cidades e estados.

Compartilho essa experiência porque sei que muitos gestores, artistas, intelectuais , técnicos e etc., também tem essa preocupação."

Mario Resende - quero saber de Aracaju. Do Estado, pelo que sei, Neu Fontes já tem muito sobre. E mais, quero Plano escrito sim. Cabe ao poder público executá-lo. Como iremos cobrar o quê não se tem corpo?
Zezito de Oliveira - Leia o texto mais uma vez para entender o sentido, ou resumindo, não basta o plano tão somente.
Mario Resende - Eu entendi sim senhor. A experiência de Gestor Público há anos, me ensinou que sem o documento fundante, essa discussão do ovo ou da galinha, não sai do lugar. Quero o plano primeiro, a aplicação do mesmo, cobraremos depois.
Zezito de Oliveira -  Meu caro, já temos bons planos sem vitalidade. Se o processo de construção do plano não considerar a necessidade de dialogar com a base, a nossa esperança será vã.
Zezito de Oliveira - Vê se entende a minha lógica, que não é excludente.
Zezito de Oliveira -  Para ir além do mais do mesmo. Como aconteceu com tantas conferências setoriais e seus belos documentos.
Mario Resende - Caro Zezito, mande por aqui os planos que temos para Dança, Teatro, Fotografia, Cultura Popular, Museus, Educação Patrimonial, etc, que temos para Aracaju. Não conheço nenhum.
Zezito de Oliveira - Meu caro, reiterando e acrescentando. Já temos bons planos sem vitalidade. Se o processo de construção do plano não considerar a necessidade de dialogar com a base, a nossa esperança será vã. Muitas cidades podem nos servir de exemplo, inclusive daqui de Sergipe.  Na verdade, é preciso considerarmos o processo, tanto quanto o produto. Espero que Aracaju possa ir mais além, no sentido da minha afirmação. Além de elaborar o plano municipal , desenvolver um processo de discussão com a sociedade em uma sentido mais amplo, não apenas com os mesmos de sempre, que fortaleça um movimento social pró cultura. Considero pertinente e oportuna a sua provocação, o que faço aqui é propor irmos mais além.
PARA QUEM GOSTA DE UM BOM DEBATE SOBRE POLITICA E GESTÃO CULTURAL. AGRADEÇO A MÁRIO RESENDE PELA OPORTUNIDADE.
Publicado em 08.02.2017 

 

CENTRO DE CRIATIVIDADE E COMPLEXO CULTURAL GONZAGÃO. REFORMAR PRA QUE?

  Celebração de abertura das atividades da Caravana Arcoiris por La Paz.  Centro de Criatividade em Fevereiro de 2007. Foto: Divulgação




Maíra Ramos se sentindo pensativa.

“Passando todo dia pelo centro de criatividade,sempre pensei na falta que aquele lugar faz tanto pra comunidade e tanto pra mim,que na época de criança,ia assistir peças,e o mais marcante a coroação do rei Momo,não lembro o porque do Centro de Criatividade ser desativado, e por quanto tempo ficou fechado, e ainda está (agora em reforma). 


Quando vi a notícia da sua reforma e ela já ter iniciando, fiquei muito contente,  mais um espaço será aproveitado, reativado, aonde os jovens vão poder usar aquelas salas para aprender várias coisas, como foi no tempo dos tios,dos primos, dos avós e por aí vai, aí que surge o Será?, será mesmo que o Centro de Criatividade vai ser aproveitado,como era antes? Ou será que ele vai ser igual ao nosso Gonzagão? ah, sim o Gonzagão, aprendi muita coisa lá também, fiz dança do ventre, subi em tecido, aprendi malabarismo, e o mais importante o Gonzagão e a comunidade eram tipo família, hoje me pergunto o que era o Gonzagão? O  que resta do Gonzagão e o que é o Gonzagão? Qual a importância dele? (historicamente tem importância sim) e hoje? 


E espero que o nosso Centro de Criatividade não vá ter esse mesmo fim. (de novo).  Por mais que eu goste desses lugares,chegou um tempo que eles passaram ou passam apenas de lembranças!”


Maíra Ramos é estudante, integra o núcleo de audiovisual da Ação Cultural e é  agente cultural.
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Tens toda razão Maíra Ramos,  os governos investem construção e/ou em reformas, mas não investem em pessoas e recursos que possam dinamizar e inovar a utilização destes locais. Um exemplo foi o Gonzagão, só conseguimos isso que você cita, por causa da nossa visão e experiência em trabalhar com cultura de base comunitária, compartilhada pelas outras três pessoas que levei para compor a nossa equipe após sermos convidados para a direção, nos anos de 2007 a 2009. E também, por causa do "presente" que foi a estadia da Caravana ArcoÍris pela Paz por mais de um ano no Gonzagão, além da parceria que fizemos com alguns agentes culturais da comunidade como Dona Genilda e Rogerio Valença entre outros . Tenho gratidão ao secretário Luis Alberto (in memorian) por ter autorizado a presença dos companheiros (as) da Caravana Arcoiris, porém, a falta de recursos financeiros, inclusive para a permanência de duas integrantes dessa equipe, Lucy Guerra e outra que não lembro o nome no momento, além da visão conservadora do secretário e da maior parte da sua equipe, tornaram praticamente inviável a nossa permanência. A destacar, visão conservadora e de esquerda no campo da cultura. Um paradoxo ou contradição, mas é o que muito em Sergipe se encontra. Me refiro ao pensamento de muitos técnicos e gestores, ou a maioria para ser mais sincero. Merece um estudo acadêmico. Parabéns pelo post.


Zezito de Oliveira - educador e realizador/produtor cultural 
Publicado em 07.01.2017



 OUÇA A PLAYLIST.
A ARTE DE VIVER DA ARTEAQUI

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 ARTE NA ESCOLA: LIMITES E POSSIBILIDADES.

A arte é quem oferece as melhores possibilidades para a criação e recriação dos sujeitos, tanto no plano pessoal, como no plano coletivo. 

A educação também faz isso, porém de forma bastante limitada ou restrita. Isso em razão do perigo que representa sujeitos mais reflexivos, críticos, criativos e solidários. Considerando a necessidade de uma força de trabalho alienada, ajustada, submissa e reprodutora do ideário capitalista e liberal.

Por isso, o trabalho do professor de arte é bem mais desafiante. Porque uma ou duas aulas por semana, com turmas grandes, em salas e prédios anti arte, além da influência potente da cultura de massa.

Essa última também reduz e limita bastante o papel da arte. Pois no geral está servindo para padronizar e nivelar por baixo o gosto e as práticas artísticas.

Há um discurso como tendência, por parte de institutos e fundações empresariais em prol de uma presença mais intensa de processos artísticos e culturais dentro da escola, porém limitado pela necessidade de organização dos processos metodológicos e de gestão escolar, que não extrapole para uma libertação ou emancipação mais radical ou perigosa de alunos e professores.

Isso porque, o sistema de controle e dominação da escola fordista da primeira revolução industrial atualmente é insustentável, em razão de alguns fatores, inclusive pelas possibilidade de acesso mais fácil a tecnologias interativas e porque não dizer, também democratizadoras das relações de poder, porém é necessário manter a interatividade e a democracia "imune" aos perigos de uma mudança mais profunda do sistema politico e econômico em favor da maioria da população, a qual poderá contar com a colaboração da escola se esta for mais livre. E com pouca arte ou com arte controlada e limitada, não é tem como isso acontecer. 

Conclusão: A arte só é bem vinda na escola, quando o seu potencial é bastante reduzido. E para isso mantêm-se dificuldades crônicas e históricas de todo o tipo , como a não construção de salas exclusivas e/ou auditórios na escola.

No geral, o que é esperado do professor de arte é o papel de organizador /decorador de festas e desfiles, além de responsável por algumas apresentações para os eventos da escola. Estas irão colaborar para que o evento não seja resumido as apresentações dos alunos, as quais conforme defende o "populismo pedagógico", pode ser o que eles quiserem, ou o que eles conhecem, na maioria das vezes, com forte preponderância do que ouvem ou assistem nos programas populares de rádio e televisão.
Publicado em 08.02.2017

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PARA O NOSSO PROTAGONISMO NA DEFINIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS POLITICAS CULTURAIS, PRECISAMOS ESPERAR A ORDEM DO MESTRE PREFEITO OU DO MESTRE SECRETÁRIO? 

Pobre de uma cidade ou estado em que artistas e/ou agentes culturais, precisam aguardar o sinal verde dos gestores de plantão, para discutir sobre o seu oficio e propor/realizar empreendimentos em conjunto. Também percebo isso em muita escolas, com equipe diretivas e técnicos educacionais, o que traz como resultado uma educação cada vez mais empobrecida e empobrecedora.

Me lembra a brincadeira popular “Boca de Forno”. Para quem não conhece ou tem pouca lembrança: “ Começa falando. Boca do forno? e as outras pessoas respondem Forno. Fará tudo que o seu mestre mandar? os outros respondem Faremos. E se não fizer? os outros respondem . Receberemos bolo. Aí quem faz a pergunta manda um dos participantes fazer alguma coisa e se não fizer leva uma palmada ou bolo na mão.” Glorita 

Contrariando esse determinismo de esperar pela gestão encantada, a Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania participou mais uma vez, de uma ação conjunta com o Projeto Pescando Memórias, no povoado São Brás, que desenvolve ações de educação patrimonial e turismo de base comunitária. 

Da mesma maneira, no mês de maio, estaremos nos somando a agentes de pastoral ligados a Paróquia São Francisco de Assis (bairro Santos Dumont), as Cebs e ao Cebi para organizar a 3ª Jornada Ecologia e Espiritualidade.

Esperamos afirmar na ação, e não somente em palavras, o quão necessário e urgente é passarmos de atores coadjuvantes para protagonistas das politicas, gestão e produção cultural em nossas cidades.
Se temos gestores e técnicos que compreendem e valorizam, maravilha, do contrário, com certeza os nossos trabalhos coletivos incansáveis e insistentes, criarão o caldo de cultura necessário para que tenhamos tempos melhores no futuro, inclusive quanto aos administradores de nossas cidades, alguns inclusive frutos desses trabalhos.

Afinal como diz o verso de uma canção. “A gente faz um país”. https://www.youtube.com/watch?v=zinakoNiLqg
Roda de Conversa realizada como parte da inauguração da base comunitária do Projeto Pescando Memórias, no último sábado. 4 de Fevereiro de 2017.
Foto: Maira Ramos

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SEM MUITO BLÁ, BLÁ, BLÁ !! PARA QUEM DIZ AMAR A NOSSA GENTE E A NOSSA CULTURA. 

Lançar um edital para selecionar estudantes universitários ou pesquisadores para realizarem biografias sobre icones da cultura local. Nomes como João Melo, Irmão. J. Inácio e etc.. 

O governo do estado pode utilizar o Banese. Vamos reforçar esta demanda nos fóruns de debates sobre cultura.

Vale também editais de produção audiovisual com essa temática.

Para o governador e prefeitos de Aracaju,São Cristóvão, Laranjeiras e outras cidades históricas. Para os de hoje e os de ontem. Para os de ontem, só para lembrar como abusaram da retórica e da nossa paciência. A exceção do governador Marcelo Déda, governador que mais investiu em ações voltadas para a preservação e manutenção de nosso patrimônio histórico e cultural. Vide o Museu da Gente Sergipana. Palácio Museu Olimpio Campos e Centro Cultural de Aracaju, cuja construção foi iniciada na época em que Déda foi prefeito da capital.

Publicado em 05 de fevereiro
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A ESCOLA COMO ELA É, ME FAZ VER UM MUNDO PIOR NO FUTURO. COM MUITA ARTE VEJO COMO DIZ A CANÇÃO.

O local é uma escola da periferia. A matéria é artes. Os personagens são um professor de arte e um grupo de alunos adolescentes.

O professor solicita aos alunos uma pesquisa escrita sobre a linguagem artística da preferência de cada um ou um artista vinculado, assim como a apresentação de um trabalho prático. Neste caso, por exemplo, quem escolheu a dança apresenta coreografias, quem escolheu a linguagem da música, uma apresentação em forma de coral, quem escolheu o desenho, um cartaz com desenho de próprio punho.

Quem gosta de dançar pode pesquisar sobre dança de rua, dança nordestina, dança moderna ou sobre um artista vinculado a essa linguagem como Isadora Duncan, Ana Botafogo, Ivaldo Bertazzo e etc. Quem gosta de desenho ou pintura pode pesquisar sobre a semana de arte moderna, grafite, sobre a produção do filme Cidade Cinza, panorâmica sobre a pintura no Brasil.

PERCALÇOS E CONSTATAÇÕES SURGIDOS NA REALIZAÇÃO DA PROPOSTA. 

Os alunos revelam ter um repertório de conhecimento cultural bastante reduzido. Mesmo as meninas que fazem parte de projetos culturais na comunidade, incluindo um projeto de ballet, tem muito pouco conhecimento sobre aspectos históricos relacionados a linguagem. Todavia um dos grupos que apresentou coreografias, obteve um grande destaque em termos de técnica e beleza, pelo fato de todas as componentes participarem de projetos de dança na comunidade. O projeto de ballet e a oficina de dança do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania. 

Já para um outro grupo que escolheu a dança, a sugestão apresentada foi ensaiar uma coreografia disponibilizada na internet da música Pérola Negra, gravada por Daniela Mercury. Mas no entanto a proposta é rejeitada, pelo fato de uma parte das componente do grupo serem evangélicas. 
No caso da música, um dos grupos escolhe como tema da pesquisa, um conhecido MC do mundo em vivem, o professor um tanto perplexo solicita outro artista, daí então descobre simplesmente que a enorme diversidade de estilos e gêneros musicais simplesmente não existe para eles. O repertório musical do grupo está reduzido aos artistas do pagode, funk e sertanejo que tocam nas rádios populares.

O QUE FAZER? MUITO HÁ PARA SER FEITO.
ARTES E OUTROS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS. ESCOLA E COMUNIDADE. ENSINO BÁSICO E UNIVERSIDADE.

1- Os projetos culturais na escola e/ou comunidade, quando contam com professores oficineiros e professores orientadores pedagógicos com formação e experiência, podem colaborar bastante para ampliar e qualificar o repertório cultural das crianças, adolescentes e jovens da periferia. O que atrapalha é a descontinuidade ou o improviso na contratação de pessoal, muitas das vezes, nem tão habilitados assim. 
2- Os professores de artes e disciplinas afins, podem se reunir mais para compartilhar perplexidades e principalmente soluções de curto, médio e longo prazo para os diversos problemas que dizem respeito ao ensino da arte e cultura na escola.
3- Faz-se necessário, estreitar cada vez mais o diálogo do ensino de artes enquanto conteúdo programático ou matéria, com outras afins e com iniciativas culturais da ou na comunidade.
4- É insuficiente as aulas de arte tratarem de questões ligadas ao preconceito religioso e a indústria cultural, inclusive por causa do pouco tempo na carga horária. Por isso, o diálogo necessário com as outras matérias das áreas de humanas e linguagens.
5- Utilizar o universo cultural que os meninos e meninas trazem para discutir em cima do que eles gostam, problematizando o porque eles ouvem e gostam de determinado artista pode ser uma boa estratégia. Discutir com eles que valores e conceitos estão embutidos nestas preferências e quais interesses atendem, pode ser um bom caminho para perceberam a necessidade de ampliação do horizonte estético e cultural de cada um. Utilizar elementos da cultura de massa também na composição de trabalhos artisticos, buscando conexões com outras culturas, até mesmo a erudita. A orquestra sinfônica brasileira apresentou no ano de 2015, concerto em homenagem a cidade do Rio de Janeiro, agregando em alguns momentos o funk e a bateria de uma escola de samba.
6- Fundamental mostrar como o enriquecimento ou não do repertório artistico-cultural terá impacto positivo ou negativo no futuro da vida estudantil, profissional e nos relacionamento interpessoais.

DIÁLOGO E CONEXÕES.

O que mais os colegas das matérias de Arte, História, Sociologia, Literatura, Português. Geografia, Educação Fisica e das demais disciplinas estão pensando ou fazendo com relação a isso. Vamos conversar um pouco? A SEED, o SINTESE e a CIENART ( Feira Estadual de Ciências,
Tecnologia e Artes de Sergipe) não podem criar condições e oportunidades para tornar isso possível?

Zezito de Oliveira - Educador e Realizador/Produtor Cultural
 
Escrito em 01 de Fevereiro de 2017

https://www.youtube.com/watch?v=ZaLDoUk0Qak   

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Um filme tratando de temas da realidade histórica, social e cultural, quinzenalmente, preferencialmente assistido e debatido em grupo, para ficar pensando melhor.

Uma boa idéia para quem tirou nota baixa em redação e Ciências Humanas e suas Tecnologias que inclui história, sociologia, geografia e filosofia. 

Assim como em Linguagens e Códigos que inclui português, literatura, artes, educação física e línguas (inglês e espanhol).


https://www.facebook.com/Cineclube-Realidade-1693783597519…/
 Cineclube Realidade
Foto de Cineclube Realidade.
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 FELICIDADE, PASSEI NO VESTIBULAR, MAS A FACULDADE É PARTICULAR.

Muitos professores e gestores preferem não mais pagar o ônus de reprovar uma grande quantidade de alunos, por razões "justificadas" e por outras nem tanto.

Essa situação permite com que seja mantida uma falsa idéia, a qual se crê que o aluno aprovado está apto para cursar a série seguinte.

Quando o aluno concluir o ensino médio ou mesmo antes, e for buscar uma colocação qualificada e com melhores salários no mercado de trabalho, ou buscar vagas nos Institutos Federais de Educação ou em Universidade Públicas, o problema da fragilidade da formação educacional lhe será mostrada como um choque de realidade.

Os indicadores para confirmar o que está escrito acima, pode ser constatado pelo tempo de demora para conseguir vagas no mercado de trabalho, ou pelas dificuldades para encontrar vagas no mercado com melhores salários e/ou com melhores condições de trabalho.

Outro indicador é a nota baixa no ENEM e consequentemente, a busca por faculdades particulares oferecendo facilidades para aprovação no vestibular , assim como baixas mensalidades para cursos, cuja maioria já estão com vagas saturadas no mercado de trabalho ou de baixas possibilidade para inserção. Reportagens de jornalistas independentes ou estudos acadêmicos são bem vindos, para que a opinião expressa acima, não pareça preconceito ou exagero. Aliás quem quiser, pode começar pesquisando a sua volta, com amigos, familiares, vizinhos e etc.

Um bom sinal disso é a quantidade de profissionais frustrados que ganham salário minimo, mesmo com formação de nível superior, isso quando conseguem emprego na área em que fez o curso. E neste caso, pior para quem contraiu dívidas com o crédito educativo.

Tudo isso é o preço que se paga no futuro por termos cada vez menos professores exigentes ou “enjoados”. Lembrando, não trata-se aqui de defender os excessos, mas pontuar que é necessário uma reflexão sobre essas questões, a qual não é de responsabilidade exclusiva de professores e alunos, mas cujas soluções não serão encontradas, caso estes não sejam reconhecidas como atores centrais do processo.

Penso que pode-se inovar, ser democrático, ser criativo e etc. Ao mesmo tempo que podemos ensinar e aprender de verdade, de forma satisfatória e com responsabilidade.

O processo das ocupações nas escolas nos mostram isso, para quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. Assim como a metodologia pedagógica e de gestão da Escola da Ponte, a qual inspira diversas escolas país e mundo afora, como no caso da Escola Municipal Amorim Lima em SP. Outros preconizam soluções inspiradas em modelos de gestão empresarial ou até mesmo com base no modelo militar. Educação como campo de disputa, como tudo.

As gestões inspiradas em ideais progressistas e/ou que se dizem de esquerda, nas escolas, prefeituras e governos estaduais, podem colaborar bastante para encontrar saídas para minimizar ou resolver o problema da “falsa aprovação”, isso dentro do tempo da vida escolar dos alunos. Não precisamos deixar que eles descubram a “verdadeira verdade” quando já estiver passado muito tempo, o que certamente será motivo de sofrimento psíquico para muitos e com qualidade de vida limitada em termos materiais e culturais.

Detalhe importante, muitos alunos evidentemente endossam o tipo de situação atual, porque não costumam pensar muito no futuro. Aliás para que pensar? Para que alunos críticos? Para que alunos com boa formação? Isso considerando os interesses de muitos que são beneficiados por esse estado de coisas. O que seria da propaganda de consumo capitalista? O que seria de muitos religiosos mercenários? O que seria de muitos políticos que defendem interesses das grandes empresas e conglomerados capitalistas?, com alunos que pensam no futuro e com senso critico, preparados para desafiar o modelo e os padrões de sociedade que lhes são impostos.

Zezito de Oliveira - Educador e Realizador/Produtor Cultura
l https://www.youtube.com/watch?v=L8K9YShmuHo

Felicidade, passei no vestibular Mas a faculdade é particular Particular, ela é particular Particular, ela é particular Livros tão caros tantas taxas pra pag...
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 PRESENÇA DO PONTO DE CULTURA JUVENTUDE E CIDADANIA E PARCEIROS NA FEIRA DE ARTES E CIÊNCIAS DO EJA DA ESCOLA ESTADUAL JÚLIA TELES. 
Fotos: Maíra Ramos - Integrante da oficina de audiovisual do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.


Mais uma apresentação da produção artística do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania e grupos parceiros. Desta vez , como abertura na programação de encerramento das aulas do ensino de jovens e adultos da Escola Estadual Júlia Teles, também culminância do projeto Feira de Artes e Ciências.

Dentro da programação a apresentação de companheiros e alunos da oficina de RAP Identidade Cultural e das meninas do grupo Pop Star, apresentando a coreografia “Mix. De tudo um pouco”. Dança moderna, regional, pop e ballet.

César Levines fez a abertura, interpretou um Rap construído coletivamente na turma de aprendizes no ano de 2015. Foi uma performance bem legal, porque César Levines já está seguro por ter apresentado várias vezes essa canção, a qual recebeu o nome de Rap da Identidade Cultural , além da presença de cena bem leve e descontraída, o que tem agradado a uma galera grande de amigos e admiradores, adolescentes como ele. Ouça aqui: https://soundcloud.com/…/1-musica-do-projeto-rap-identidade…

Em seguida pura emoção, beleza, alegria e elegância na apresentação das meninas do grupo Pop Star, interpretando coreografia utilizando passos e movimentos de ballet mas, tendo como pano de fundo a clássica e bela canção “Disparada” de Geraldo Vandré e Téo de Barros, na versão gravada pelo cantor Daniel. Mistura bem interessante do erudito com o regional. Ouça aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_4pkbLgxFvs

Na sequência, a apresentação de dois Rap, um da autoria de Paulo Junior que iniciou a participação na oficina de Rap Identidade Cultural no ano de 2016 e que mostrou a sua criação autoral pela primeira vez na mostra artística do Ponto de Cultura no Teatro Lourival Batista em novembro de 2016. Trata-se de um Rap de denúncia social, mas em forma de lamento, lamento que brota do fundo de uma alma sensível e comprometida com a defesa da vida e da justiça, como fazem outros compositores em forma de forró, samba, toada, reggae e etc.

Para finalizar a sequência musical, a apresentação de um trabalho autoral do grupo de Rap Filosofia de Loucos (FdL) apresentando um Rap consciente retratando a realidade dos jovens que vivem na periferia, assim como as necessidade de ficar experto para não cair nas armadilhas da sedução do poder, do luxo, das drogas e etc.. A apresentação fechou com chave de ouro o momento musical, porque os companheiros David e Wilian já tem um bom tempo na cena do rap sergipano e portanto demonstraram um bom domínio do espaço de apresentação, com um rap potente e de qualidade. 

No retorno ao palco, as meninas do Pop Star e números coreográficos com duas músicas pop. Neste caso, concluímos a programação em um bom clima semelhante ao que vemos nos filmes High School Musical.

Mas para concluir mesmo, foram apresentados alguns trabalhos em vitrais (pinturas em vidros), realizados por Dalila, mãe de um ex-aluno da escola e que ao saber naquele momento que haveria apresentações artísticas, resolveu levar seus trabalhos para serem divulgados. Dalila afirmou na hora do acesso ao microfone que o trabalho artístico com a pintura representa para ela uma forma de terapia. Pronto, como essa frase Dalila "lacrou" a programação artística apresentada através do relato acima e nas fotos abaixo.

E complementado a fala de Dalila. “Mais arte é - remédios e drogas”. “Mais arte é + motivação para o estudo.” “Mais arte é = mais conhecimento”. “Mais arte X (multiplica) mais cidadania”. “Mais arte % (amplia/potencializa) condições e oportunidades para paz”. MAIS ARTE E CULTURA DE QUALIDADE É + RECURSOS FINANCEIROS INVESTIDOS.

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Do necessário. Pequeno relato de um curso realizado com o conceito da Educação Popular.

No Curso de Verão do  Ceseep/PUC-SP, você ouve os melhores estudiosos/pesquisadores sobre temáticas ligadas as questões das politicas públicas, direitos humanos, ecologia, sexualidade, bíblia, pastoral e etc., depois você vai para os sub-grupos ou tendas e se reúne com um grupo de pessoas que, como você trabalha diretamente com a população, para confrontar o que você ouviu, com o seu pensamento e prática própria e com a dos outrxs componentes das tendas.

Estas tendas são agrupadas por interesses em oficinas artísticas e culturais, acontecendo também como parte desse momento de encontro nas tendas, formação artístico e cultural sob a orientação de arte-educadores populares de diversas formações.

A solicitação para a apresentação das conclusões destas discussões e vivências nas tendas, é para que sejam realizadas utilizando elementos criativos e estéticos. Como o curso busca trabalhar a dimensão integral, a questão da espiritualidade permeia todos os trabalhos, porém sem pieguice ou proselitismo, pois nem todos que participam tem religião, mesmo que a maioria sejam formados por católicos, além de protestantes históricos, alguns evangélicos e pessoas ligadas a outras denominações de fé.

Esse relato é mais para dizer sobre os limites do modelo de formação inspirados no modelo clássico da academia, foi isso que me motivou a escrever, do que para fazer propaganda do curso de verão ou de outros inspirados no conceito da educação popular. Mas como é necessário estarmos incomodados e conhecermos outras formas de pensar e de fazer , vale a pena buscar conhecer mais sobre o curso de verão e sobre a educação popular. Lembrando, um dos maiores especialistas no assunto é um brasileiro, o saudoso Paulo Freire.

Enquanto isso, me limito a aceitar bem menos os convites para participar do velho modelo de congressos, seminários, cursos, mesas redondas e etc. Entender a crise da educação e a crise da sociedade passa por aí. Compreender o quanto temos de autoritário, elitista, limitado/reduzido em nossos percursos de formação, desde a educação básica até a Universidade. O pior é que levamos isso para nossos espaços de trabalho, de luta e, às vezes até mesmo para nossos espaços de festas.

Zezito de Oliveira - educador e realizador/produtor cultural.

http://novo.ceseep.org.br/?page_id=7122
Curso de Verão 2017 - Resumo dos Assessores
https://www.youtube.com/watch?v=XBGdM9V8z30

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Espiritualidade misturado com pensamento critico e arte-educação. É possível? 

Lembrando o alemão Carlos Marcos, a religião é a maconha ou o álcool do povo? Pode ser e pode não ser, e há quem diga que nenhuma das duas precisam necessariamente fazer mal.

O mal acontece quando uma e outras entram na roda da fortuna capitalista, pois neste caso o consumo, tanto o individual como o coletivo precisa ser realizado em excesso.
Por isso é bom o curso de verão do Ceseep, na PUC-SP .

 Neste curso os elementos ligados a espiritualidade estão presentes, mas você não fica chapado ou de fogo excessivo.

Para isso não acontecer, o curso de verão mistura espiritualidade com pensamento critico e com arte-educação. E por isso, aceita pessoas de diversas religiões, com predominância de cristãos. Os ateus ou agnósticos também podem participar do curso de verão, “de boas”.

Como as elites econômicas e financeiras nacionais e internacionais precisam ampliar o consumo excessivo das espiritualidades alienantes, assim como dos diversos tipos de drogas licitas ou ilicitas, é importante fortalecer espaços para a formação humana integral, como o curso de verão .

30º Curso de Verão - EDUCAR PARA A PAZ EM TEMPO DE INJUSTIÇAS E VIOLÊNCIA - 6º dia - Rafael Silva 

No dia 11/01/2017 ocorreu a primeira parte da palestra "Apocalipse: tempos de perseguição e violência" com Rafael R. da Silva. Quem quiser ir direto para a palestra pode assistir a partir do 49:20

https://www.youtube.com/watch?v=bSThSDB6a14

Escrito em 11 de janeiro de 2017

30º Curso de Verão - EDUCAR PARA A PAZ EM TEMPO DE INJUSTIÇAS E VIOLÊNCIA - 6º dia - Rafael Silva

O que achou da indicação de Silvio Santos para a presidência da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju)? Um amigo me perguntou inbox, respondo publicamente.

Uma das características de um eleitor de esquerda ou de centro-esquerda é ser critico, em especial quando se é intelectual, artista ou ativista no campo da cultura, e se for os três em um, a critica pode ser mais vigorosa e mais fundamentad
a. Um exemplo é quando acontece o anúncio do secretariado ou do ministério, por parte de um novo prefeito, governador e presidente progressista ou de esquerda.

Ontem, o prefeito eleito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B) , anunciou os nomes da sua equipe, formado por pessoas vinculadas ao PT, PMDB, PRB e PSD, partidos que fizeram parte da coligação vitoriosa e que tem como vice-prefeita, a jornalista Eliane Aquino (PT), viúva do saudoso governador Marcelo Déda.

Esta escolhida como secretária de assistência social, cargo que reputo como o mais indicado para Eliane Aquino, tendo em vista o histórico de sucesso e de realizações que vem trilhando, desde os tempos em que foi presidente da ong Missão Criança, depois Recriando Caminhos.

Já Silvio Santos, o escolhido para o cargo de presidente da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju), foi vice-prefeito de Edvaldo Nogueira, entre 2009 e 2012, e agora assume à pasta por indicação do PT. É também presidente do Club Sportivo Sergipe.

Um ponto favorável, foi sindicalista, antes de trilhar carreira nos meandros da politica partidária e institucional, atuou como dirigente do sindicato dos bancários, com uma trajetória reconhecida de pessoa simples, aberta ao diálogo. É capaz de ouvir e de encarar as diferenças e as divergências com tranquilidade, sem considerar quem critica como um perigoso adversário ou até inimigo em potencial.

Um dos pontos inicialmente criticados da escolha , foi o fato de não ser da área artística ou cultural. O que nem sempre significa um aspecto negativo, pois a maioria dos bons e maus gestores para a pasta da cultura, nem sempre são artistas, pois temos e já tivemos artistas, jornalistas, professores, sociólogos, antropólogos, economistas, diplomatas e etc.. Bons e maus gestores, a depender da ótica e dos interesses $$$ envolvidos na disputa de opinião.

O que considero ideal é a escolha ouvindo os segmentos, porém isso ainda levará tempo, pois a democracia brasileira ainda é bastante limitada, inclusive por causa da baixa incidência de participação de artistas, arte-educadores e ativistas culturais nos processos políticos do cotidiano, tanto no plano da organização de base, como no plano do protagonismo dentro dos espaços de discussão e decisão politica. O que não é diferente de outros setores ou segmentos da população. E as politicas e gestão cultural, podem colaborar para melhorar o quadro da democracia de baixa intensidade, como fez o ministério da cultura, na era Lula /Dilma.

Em termos de expectativa, o que esperamos do novo titular da Funcaju, é a manutenção da mesma postura que desenhei acima, o que não será difícil, pois é um retrato da sua postura e comportamento e mais, um processo de escolha de auxiliares técnicos, que considere a capacidade profissional como critério de escolha determinante , em detrimento de aspectos ligados a amizade e a filiação partidária, evidente que o campo da esquerda e da centro esquerda, oferece um celeiro de profissionais de alto quilate no campo da arte e da cultura, porém o espectro pode ser buscado do PT/PC do B ao PSOL, passando pelos independentes ou anarquistas.

E foi por essa razão, que Jackson Barreto, como prefeito de Aracaju deixou marcas importantes para as politicas públicas culturais em nosso município , assim como a gestão no Ministério da Cultura, liderada pela dupla Gilberto Gil e Juca Ferreira, durante os governos de Lula e Dilma.

No caso dos quadros técnicos que fizeram parte da equipe Gil/Juca, é importante aproveitar o a experiência acumulada, em razão do desempenho excepcional que tiveram, deixando um legado de realizações que estão a merecer a atenção de muitos estudiosos e gestores, tanto do Brasil, como de outros países.


Obs. Inicialmente, a escolha de Gilberto Gil como ministro da cultura, não foi bem recebida, em especial por sua passagem como presidente do órgão equivalente em Salvador a nossa Funcaju, a Fundação Gregório de Matos. A sua atuação a frente desse órgão de cultura, ficou a desejar.


P.S.: A que se considerar o fato da escolha de uma pessoa com o perfil, experiência e trajetória de Silvio Santos, como uma demonstração de que o prefeito Edvaldo Nogueira pretende corrigir os erros das escolhas de Déda e dele próprio quando esteve prefeito na primeira vez.
 

Detalhe: Déda começou a melhorar com as escolhas no campo da cultura, quando assumiu o cargo de governador. Essa melhora não exclui a avaliação positiva e negativa não passional, com relação aos dois detentores do cargo de secretário da cultura, no período em que Déda foi governador.

O sindicato dos bancários, historicamente tem um papel cultural relevante em nossa cidade. Mas, carece de estudos sobre isso, por parte da academia. Também é necessário mais estudos sobre politica e gestão cultural em Aracaju e em Sergipe. Inclusive sobre a primeira gestão de Jackson Barreto como prefeito da cidade. Já a segunda foi uma decepção. Quando encontrar tempo, escrevo mais sobre..



Publicado em 30 de dezembro de 2015

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