sexta-feira, 17 de março de 2017

OUTRAS CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE CRIAR E PRODUZIR ARTE E CULTURA NA CIDADE E NA ESCOLA.


 ECOS DA PARTICIPAÇÃO NO II SEMINÁRIO SERGIPANO DE POLITICAS PÚBLICAS, A PARTIR DAS PALESTRAS, DEBATES, CONVERSAS DE CORREDOR E CONVERSA NO DIA SEGUINTE, COM UM SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA E COM UM OUTRO COLEGA DIRIGENTE DE UMA ONG PARCEIRA.

AS POLITICAS PÚBLICAS E A GESTÃO CULTURAL, ESPAÇO PARA APRENDER, PRATICAR PARTICIPAÇÃO CIDADÃ E FORTALECER A AÇÃO CULTURAL.

Os artistas são um dos tripés fundamentais para o êxito das politicas culturais, os outros dois são os gestores/técnicos e a população, mas sem a população participar efetivamente, os dois primeiros não terão força politica suficiente, para enfrentar os que querem cada vez mais, destinar o mínimo de orçamento público para a cultura e destruir com os avanços e conquistas. 

O problema é que todos os gestores e técnicos concordam com isso, porém a maioria tende a querer reduzir a participação da população ao papel de coadjuvante, acessório ou secundário. 

Com isso, as politicas culturais acabam por ser considerada pelos executivos e parlamentares e pela própria sociedade, como algo coadjuvante, acessório ou secundário. 

Precisamos acordar, do contrário continuará sendo disso para pior. Boca de forno para abrir mais espaços de participação real, sincera, honesta e verdadeira nos espaços de poder e de representação no campo da cultura.


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Diagnóstico, mapeamento , empoderamento, participação efetiva de quem está na ponta, além de formação continuada. Serão palavras/conceitos iniciais, que farão parte de qualquer conversa que tivermos com os parceiros interessados em trabalhos conjuntos, seja na forma remunerada ou na forma de parceria colaborativa.

Sem isso, as ações na área da cultura tende a sucumbir a pressão do mercado e das elites politicas dirigentes, cuja maioria de seus integrantes, não tem compromisso real e verdadeiro com o melhor do Brasil que é o brasileiro, e com o melhor do brasileiro, que é a sua cultura.
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2º e último dia do II Seminário de Politicas Culturais, com alguns apontamentos do primeiro dia.
 
A GESTÃO E A AÇÃO CULTURAL PRECISAM IR AONDE O POVO ESTÁ.
Considerando ser a população, a principal beneficiária das ações dos órgãos de cultura, conforme ressaltou a professora Izaura Botelho, ao fim do seminário.


Considerando a posição do 24º lugar ocupado pela cultura, na pesquisa de prioridades em investimentos com a população, realizado pelo governo da Bahia.


Me comprometo em participar da criação de um grupo de trabalho reunindo técnicos e realizadores culturais e arte-educadores, para discutir e aprimorar novas tecnologias sociais, visando sensibilizar e mobilizar a população que não participa ativamente da discussão e implementação das politicas públicas de cultura.


O que pode ser feito para colaborar no êxito dessa iniciativa em médio prazo? Discutir a destinação de uma parte dos 4 milhões dos Pontos de Cultura retidos em uma conta, para financiar o levantamento local, regional e nacional das melhores experiências metodológicas, seminários de estudo e oficinas no campo da sensibilização e mobilização cultural.


No curto prazo, destinar recursos mínimos e suficientes para começar a iniciativa.
LEGISLAÇÃO CULTURAL
Tarefas para o legislativo estadual de Sergipe. Discutir a criação da Lei Estadual Cultura Viva.
Quem alcançou um estágio de excelência neste campo. A Bahia com a Lei Orgânica da Cultura. http://www.cultura.ba.gov.br/…/publicacaolegislacaodacultur…
FORMAÇÃO CULTURAL
Perspectiva da criação de um mestrado profissionalizante para professores de arte.
Iniciativa do governo da Bahia. Publicações de referência na área de politicas e gestão cultural. http://www.cultura.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php…


ORÇAMENTO
O menor orçamento do estado, junto com organização agrária. Representa cerca de 0,2% do orçamento, sendo que 70% é destinado para o pagamento de pessoal e o restante para outras atividades.


GESTÃO CULTURAL
É preciso que a ação dos novos secretários municipais de cultura comece com o diagnóstico cultural. A realização de uma conferência municipal de cultura pode colaborar para isso.


Detalhe importante. A convocação e realização dessa conferência não carece de estar atrelado ao calendário nacional. Neste sentido, há um aspecto bastante positivo por não fazer parte de um calendário nacional, o processo de discussão é mais rico, porque a energia dispendida para as disputas e escolhas de delegados é poupada. Quem ganha com isso é a qualidade do conteúdo. Exemplo: Conferência livre de gestão cultural em Pernambuco.


ORIENTAÇÕES GERAIS.
Precisamos ser mais profissionais para enfrentarmos a cultura do pão e circo. Uma via de mão dupla, demandado por parcela significativa da população e conveniente para os chefes de executivo e parlamentares.
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Como fazer para não realizar discussões que repitam de forma desnecessária, o que já foi demandado em seminários, fóruns, conferências de cultura e etc..


O que a Bahia fez: Sistematizou resultados das conferências anteriores e levantou o quanto foi realizado no atendimento a cada demanda.


O que antecede a isso: Registro e difusão da memória escrita e audiovisual, dos diversos espaços ou formatos de escuta e de diálogo estado e sociedade civil.
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Construir mais equipamentos culturais OU discutir uma politica de uso dos que já existem e destinar mais investimentos para garantir a manutenção, considerando o reduzido orçamento da cultura, e a perspectiva negativa para reversão dessa situação no curto prazo? A segunda perspectiva está mais em consonância com o pensamento e ações da maioria dos gestores.
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Investir nas crianças para formação de hábitos e repertórios na perspectiva de formação de público ou de plateia. O desafio é conseguir avançar no diálogo difícil da educação com a cultura.
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Conselho Estadual de Cultura, resistências culturais e politicas, para torná-lo mais participativo, inclusivo, transversal , abrangente e como instrumento de controle social. Como é o caso do Conselho Nacional de Politica Cultural. Uma possibilidade de fazer com que a cultura, possa ampliar e qualificar a participação empoderada da sociedade, fortalecendo dessa maneira a cultura como força social e politica?



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UM OLHAR SOBRE O PRIMEIRO DIA DO II SEMINÁRIO DE POLITICAS CULTURAIS EM SERGIPE.

SERGIPE VAI DE JEGUE E A BAHIA DE AVIÃO.
 
Na mesa da tarde do II Seminário de Politicas Culturais, o qual está sendo realizado em Aracaju, foi citado, sob a coordenação da UFS, a perspectiva da abertura de um curso de especialização em politica e gestão cultural em médio prazo, antes um curso de extensão. 


Caso tivesse sido iniciado a mais tempo, com certeza teríamos alguns trabalhos acadêmicos de Sergipe, com foco em arte e cultura, inscritos para participar do seminário de politicas culturais promovido pela Fundação Cultural Casa Rui Barbosa no Rio de Janeiro, entre outros. 

Muito mais que uma questão de “bairrismo”, já imaginaram o quanto isso iria ajudar a gestores, produtores e artistas na qualificação de suas idéias e ações? 

Como isso irá levará tempo, a SECULT poderia verificar a possibilidades de destinar recursos para a produção de artigos, por exemplo, para o resgate da história e avaliação de programas desenvolvidos pelo órgão, como Pontos de Cultura, Festival de Artes Cênicas e etc..

:: Relação dos trabalhos aprovados para apresentação no seminário
http://www.casaruibarbosa.gov.br/…/Lista%20Aprovados%202017…
VIII Seminário Internacional de Políticas Culturais.
O seminário é um encontro de especialistas, estudiosos e interessados nas questões relativas à área de políticas culturais, com o objetivo de divulgar trabalhos e promover debates no campo das ações políticas, das reflexões históricas, das reflexões teóricas e de práticas. O seminário será composto por seções de conferências, palestras e mesas de comunicações individuais, sendo aberto para o público em geral. O evento, com participação gratuita, acontece de 23 a 26 maio de 2017.
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GRITOS ENTALADOS NA GARGANTA.
Há um déficit de diálogo sobre cultura aqui em Sergipe, em especial discutindo temas abrangentes como propostos no II Seminário de Politicas Culturais. Por isso, o tempo extenso tomado pelas falas e pela quantidade de intervenções no período da manhã para participar do debate. O que fazer? Propor apenas perguntas por escrito como fez o professor Péricles Andrade, coordenador da segunda mesa redonda da tarde ou colocar uma mesa redonda por turno?
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REGISTRO DO SEMINÁRIO. 

 
Sem registro e disseminação, muitos conceitos e experiências se perdem no ar, logo, faz-se necessário o investimento em recursos para gravar e passar para o papel o que está sendo apresentado no seminário. Pode-se fazer também concomitantemente gravação e disponibilização em canal de youtube. Total e/ou editada. Ou das duas maneiras.


Ao não fazer isso, colaboramos para que os conhecimentos disseminados, trocados e absorvidos nestes momentos se percam em grandes proporções, além de não serem absorvidos por mais pessoas em outros espaços e tempos. Isso vale para o Encontro Cultural de Laranjeiras. Fórum do Forró. Jornadas de ciclos festivos promovidos pela Funcaju e etc..
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Pensar nos agentes culturais, artistas, produtores e gestores, como coadjuvantes da discussão de um modelo de formação para a qualificação da gestão cultural em Sergipe, me parece contraproducente. Na exposição do professor Rubim da UFBA, me chamou atenção a participação de 10 ONGs envolvidas com arte e cultura, integrantes da rede baiana de formação em gestão cultural.
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É DE MENINO QUE SE APRENDE A GOSTAR OU A DESPREZAR....
Mais uma vez, a parceria da cultura com a educação foi muito bem lembrada. Um bom tema para um seminário especifico. Pode-se fazer isso com maior diálogo e interação com Pontos de Cultura e com projetos ligados aos programas Mais Educação e Mais Cultura nas Escolas, preferencialmente, àqueles que produziram algum produto de reflexão sobre a experiência. Sem esquecer de convidados com experiência teórico-prática de outros estados. Pode ser uma parceria SECULT E SEED.

Leia mais: http://cultura.se.gov.br/…/politicas-culturais-sao-discuti…/

Zezito de Oliveira – Educador e Produtor Cultural

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